Destaques do FC Porto: Alan Varela bem tentou manter o dragão na Linha
Médio foi sempre um garante de equilíbrio no meio-campo portista; Pepe, Wendell, Nico e Namaso também escaparam ao descalabro; Otávio e Diogo Costa numa noite para esquecer
Figura do FC Porto: Alan Varela (nota 6)
No meio do descalabro, que atirou literalmente o FC Porto para fora da corrida pelo título, Alan Varela foi dos únicos que tentou remar contra a corrente de um adversário que causou mossa pela terceira vez esta temporada nas hostes azuis e brancas. O argentino teve um remate perigoso na primeira parte, desviado por Mangala, quando levava selo de golo. Teve ainda uma assistência para Francisco Conceição, mas o jovem não conseguiu segurar a bola só com o guarda-redes do Estoril pela frente. Quis sempre dinamizar o ataque azul e branco, procurando os companheiros nas costas da defesa contrário. Teve sempre critério no passe e acudiu a alguns fogos em momentos cruciais.
(3) DIOGO COSTA — Depois de uma defesa enorme a negar o golo a Cassiano, acabou por borrar a pintura com uma má receção — o passe de Otávio não ameniza o erro — e depois a derrubar Wagner Pina fora da sua grande área. Há algum tempo que o guarda-redes dá claros sinais de alguma intranquilidade. Resultado: prejudicou a equipa e agora vai falhar o encontro da Taça de Portugal em Guimarães.
(4) JOÃO MÁRIO — Algumas boas investidas pelo seu corredor na primeira parte, mas depois não teve pernas para travar a velocidade de Rodrigo Gomes na segunda parte. Já no primeiro período tinha sentido problemas com Tiago Araújo.
(6) PEPE — Não foi por culpa do capitão que o_FC Porto saiu vergado a mais uma derrota contra o Estoril. Procurou sempre jogar de forma fácil e apostou algumas vezes na profundidade de Evanilson e Galeno.
(3) OTÁVIO — O pior jogo do reforço de inverno dos dragões. Atrasou de forma deficiente a bola para Diogo_Costa no lance que culmina com o golo do Estoril e a expulsão do companheiro. Teve muitos erros que penalizaram a equipa de Sérgio Conceição. Revelou muito nervosismo sem necessidade.
(6) WENDELL — Moralizado com a estreia ao serviço da seleção brasileira, o lateral-esquerdo foi sempre acutilante a atacar, mas teve o azar de a bola tocar no seu corpo antes de trair Cláudio Ramos no livre direito que ditou o resultado final. Mas não pode ser penalizado por isso, ele que tentou remar sempre contra a maré canarinha.
(6) NICO GONZÁLEZ — Quis sempre esticar ao máximo o jogo do FC Porto, sempre com bola no pé ou a lançar companheiro em melhores posições no terreno. Raramente falhou um passe e quis sempre assumir protagonismo, nunca se escondendo atrás da má exibição coletiva que o FC Porto teve na Amoreira.
(3) FRANCISCO CONCEIÇÃO — O jovem extremo tem de saber refrear os ânimos para não sair prejudicado na carreira. Por mais razão que tivesse no lance em que diz ter sido tocado por Mangala, não pode, de forma alguma, dirigir-se ao árbitro António Nobre da forma como o fez. Estava a ser dos mais agitadores, mas depois o seu comportamento prejudica a equipa e a sua própria imagem.
(4) PEPÊ — Uma das exibições mais cinzentas que já lhe vimos. O brasileiro andou sempre alheado do jogo e no final acabou por se prejudicar, ao interpelar o juiz da partida de uma forma inadequada.
(4) GALENO — Se excetuarmos um remate em arco que originou perigo, o mais recente internacional brasileiro teve uma exibição para esquecer. Pouco produtivo na sua zona de ação, esperava-se mais de um jogador que devia estar motivado por ter representado o seu país.
(5) EVANILSON — Teve uma grande oportunidade para brilhar, mas a verdade é que se deslumbrar quando tinha só pela frente o guarda-redes contrário. Demorou demasiado tempo na execução e o perigo perdeu-se...
(5) CLÁUDIO RAMOS — Entrou praticamente a frio e sofreu logo um golo, com a bola a embater em Wendell. Logo depois teve uma saída arrisca para resolver o perigo iminente.
(4) IVÁN JAIME — Apenas se mostrou nas bolas paradas. Tarda em se afirmar de azul e branco.
(5) JORGE SÁNCHEZ — Um bom cruzamento deu a Namaso a possibilidade de empatar o jogo, mas o companheiro não rematou de primeira...
(6) NAMASO — Agitou o ataque dos azuis e brancos, primeiro a escapar para a baliza do Estoril e sendo derrubado em falta, originando o vermelho a Bernardo_Vital. Depois podia ter feito o 1-1 mas quis adornar o lance e o perigo perdeu-se... Mas entrou com energia no encontro da Amoreira.
(5) EUSTÁQUIO — Entrou para dar mais músculo ao meio-campo, numa altura em que o jogo estava muito partido e que o FC Porto tentava a todo o transe chegar pelo menos ao empate no Estádio António Coimbra da Mota.