«Estar em 11.º lugar é uma sensação desagradável»

Chelsea «Estar em 11.º lugar é uma sensação desagradável»

INTERNACIONAL04.04.202323:56

O avançado internacional alemão Kai Havertz, de 23 anos, no qual o Chelsea pagou €81 M em 2020 (ao Bayer Leverkusen) deu, no final do ‘nulo’ (0-0) no clássico da noite desta terça-feira, em Stamford Bridge (Londres), entre os ‘blues’ londrinos e o Liverpool – jogo em atraso da 7.ª jornada da Premier League – o ‘grito do Ipiranga’ do plantel da equipa de João Félix (emprestado pelo Atl. Madrid) e de Enzo Fernández de inconformismo para com os quatro jogos consecutivos sem vencerem no campeonato, o despedimento de Graham Potter do comando técnico… e o 11.º lugar que ocupam na classificação.

«Acho que devíamos ter ganho: tivemos muitas ocasiões de golo, em especial na primeira parte. Na segunda, acho que a coisa foi ‘ela por ela’, mais equilibrada. Mas no final do primeiro tempo merecíamos bem mais do que o 0-0. Se perdemos confiança? Talvez sim. Especialmente, após a derrota no fim de semana [0-2, Aston Villa] e isso dificultou ainda mais as coisas [acelerou o despedimento do anterior técnico, Graham Potter]», afirmou o avançado internacional alemão do Chelsea, em declarações à Sky Sports, logo após o clássico em Stamford Bridge.

«Mas nós somos profissionais e sabemos que temos de marcar golos. Tínhamos de continuar a pressionar o Liverpool. O golo anulado [a si, aos 50’]? Com a nova tecnologia do VAR, ficou tudo bastante claro [marcou com o braço esquerdo, bem anulado]. Mas é duro. Também tinha marcado em Anfield, a este mesmo Liverpool, e não contou, por escassa margem. No fim de contas, tens, sempre, de esperar pela análise do VAR, é o que é e tenho de aceitar», confirmou-se o ponta-de-lança germânico.

Havertz não escondeu a mossa que a saída de Graham Potter causou no grupo dos ‘blues’ londrinos na preparação da receção aos ‘reds’. «Foi muito duro, como é cada vez que um treinador é despedido. Não é fácil, pois a nossa missão é ganhar jogos. E quanto é o treinador que paga, também devemos assumir a nossa quota parte de responsabilidade na decisão. Mas somos profissionais e temos de aceitar a situação. Mas, friso, todo o meu respeito por Bruno [Saltor, adjunto e agora técnico principal interino], por dar um passo à frente na nossa direção quando o treinador foi afastado», elogiou o alemão.

«Agora não me perguntem quem vem aí [próximo treinador], não é essa a minha função: essa decisão cabe aos donos do clube. Temos a nossa tarefa para cumprir… lá dentro, em campo. Mas quando há estabilidade no banco e o treinador o mesmo muito tempo tudo é mais fácil para os jogadores, sim. Damos a cara, todos nos podem ver, e estamos todos frustrados pela saída de Graham [Potter], mas a vida tem de continuar», foi o repto do autor do golo que valeu ao Chelsea o título europeu em 2021, na final da Champions diante do Man. City, no Estádio do Dragão, no Porto (1-0).

«Temos nove jogos da Premier League para disputar e o Chelsea não merece ser 11.º classificado. Não é uma boa sensação estarmos nesta posição, mas temos, todos, de nos manter unidos! Estamos nos ‘quartos’ da Champions [defrontam o Real Madrid] e temos de extrair toda a confiança que pudermos dos próximos encontros. E nós, jogadores, lá dentro, precisamos, claro, muito do apoio dos adeptos. Estamos nos oito melhores na prova da UEFA», concluiu Kai Havertz.