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Vitória de Guimarães «Era médio defensivo, marcou três golos e virou avançado»
Alisson Safira foi a estrela vitoriana no triunfo frente ao rival SC Braga e do outro lado do Atlântico o ponta de lança tinha a família reunida a ver o jogo e a torcer pelo menino que «começou como médio defensivo e um dia virou goleador», conforme contou a A BOLA Anderson Safira, o seu irmão mais velho.
«Vejo todos os jogos do Vitória e no final conversamos sempre um bocado ao telefone. Ele estava muito feliz por ter sido decisivo e ter conquistado a oportunidade que o treinador lhe deu», começou por explicar Anderson.
São quatro irmãos, mas a relação entre Anderson e Alisson foi sempre fortíssima, de tal forma que o mano mais velho fazia questão de levar o caçula do clã Safira para os clubes onde jogava. Até ao dia em que o ponta de lança tentou a sorte na Europa. Não deu à primeira, daria uns anos mais tarde.
«Fui profissional e ele ia sempre comigo. Aos 16 anos, viajou para Itália, passou por três clubes, mas faltavam os documentos para ficar no país e acabou por regressar ao Brasil para jogarmos juntos no Foz de Iguaçu, onde também esteve o Pepê, que está no FC Porto. Nunca desistiu do sonho europeu, mais tarde surgiu o B SAD e foi para Portugal», recupera Anderson, que foi médio esquerdo e não tem dúvidas em afirmar que Alisson «joga melhor» do que ele jogava. E de imediato recorda como é que o irmão se fixou no ataque: «Quando tinha uns 13 ou 14 anos, era ainda médio defensivo, foi colocado como ponta de lança e marcou três golos! Nunca mais deixou essa posição e começou a mostrar uma apetência especial para marcar de cabeça.»
Foi precisamente na sequência de uma elevação extraordinária seguida de cabeçada letal que o número 9 do Vitória marcou ao SC Braga o seu sétimo tento da temporada - três ainda foram conseguidos no B SAD, na Liga 2. Golos é um dos tema que alimenta muitas conversas entre os irmãos e Anderson vai sempre desafiando Alisson a fazer mais e melhor, tendo elevado a fasquia para esta época embora reconheça que já seja difícil atingi-la: «Gostava que ele chegasse aos 15 golos, mas ele começou por jogar pouco no Vitória e por isso é difícil. Mas eu acredito sempre nele!»
A mãe, Maria Teresa, também vibra com as proezas do filho e a família já está a programar uma viagem a Portugal. Mas «só no verão, porque agora está muito frio em Guimarães».
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