Em Arouca, alguns vão apanhar com o chinelo! (crónica)
Daniel Ramos pedira aos seus jogadores para darem ao chinelo, mas alguns vão é apanhar com ele; algarvios aproveitaram os erros
«Toda a gente tem de ‘dar ao chinelo’», pediu Daniel Ramos, treinador do Arouca, antes do jogo. Depois dele, alguns jogadores vão ter motivos de preocupações para não apanhar com ele, pelos erros cometidos e que colocaram os algarvios em vantagem através de duas grandes penalidades, quando até aí, as duas equipas estavam ‘encaixadas’ uma na outra e sem reais oportunidades de golo. Em causa não está a entrega, mas sim os erros que foram fatais. Referimo-nos a um mau passe de Matías Rocha que colocou a bola nos pés de Belloumi, com o argelino depois a isolar Bruno Duarte até ser travado por Arruabarrena. Depois foi Montero que abriu o braço esquerdo e desviou o percurso da bola. Nas duas situações, Incu Vasilica não teve dúvidas e assinalou de pronto para a marca dos 11 metros. Por castigo, ou não, Daniel Ramos efetuou duas substituições para a segunda-parte e um dos jogadores que saiu foi Matías Rocha….
Com nova disposição (em todos os sentidos!) o Arouca melhorou muito e obrigou José Mota a refrescar o miolo – até porque os algarvios tinham menos dois dias de descanso - para tentar travar a progressão dos ‘lobos’, que atacaram a baliza de Velho por todos os lados, mas sobretudo pelas alas, com Tiago Esgaio – que começou na direita e na 2.ª parte derivou para a esquerda - em evidência a descobrir linhas de finalização e Mujica e Montero desperdiçaram duas boas ocasiões para marcar. Ao aperto final dos visitantes, Mota respondeu com o reforço do setor defensivo com três centrais, colocando Artur Jorge. O Arouca esforçou-se, mas não conseguiu evitar de ser o novo ‘lanterna vermelha’ do campeonato. Os algarvios galgaram até à primeira metade da classificação.
Iancu Vasilica não teve dúvidas nos lances capitais – as duas grandes penalidades – numa arbitragem segura.