Eficácia como colete à prova de… ‘gunners’

Sporting Eficácia como colete à prova de… ‘gunners’

NACIONAL06.03.202312:10

O jogo de anteontem em Portimão entrou para o top daqueles em que os leões mais remates fizeram esta temporada. Foram 20 disparos no total (seis dos quais enquadrados com a baliza), surtindo apenas um golo marcado - para mais, voltou a ser desperdiçado novo castigo máximo (por Pedro Gonçalves, depois de Chermiti também não ter conseguido converter remate dos 11 metros na deslocação a Chaves.


Sinal de alguma falta de eficácia, embora no futebol nem tudo possa ser tão linear neste capítulo. Afinal, não é preciso rematar muito para marcar muito. Poucos remates também podem valer resultado gordo assim como muitos remates de nada podem valer. E o Sporting tem passado por este carrossel esta época.


Num dos jogos com menos remates de 2022/2023, na deslocação a Frankfurt para o jogo da fase de grupos da Champions com o Eintracht, os leões lograram apenas oito remates. Mas conseguiram três golos. Os mesmos que totalizaram na receção ao Casa Pia, na 10.ª jornada, o jogo em que a equipa de Rúben Amorim mais vezes rematou esta época (só contando com Campeonato e provas europeias), com 24 tentativas e também o maior número de remates enquadrados: 9.


Mas agora que vem aí um jogo a doer, com um Arsenal de primeira água a atravessar um dos melhores períodos dos últimos anos, o Sporting tem de fazer da eficácia aliada e não inimiga. Não se poderá dar ao luxo de falhar dos 11 metros, se tiver essa chance, e dificilmente terá duas dezenas de remates, como teve na última jornada, para poder fazer um golo. Terá com muito menos de fazer muito mais e pode ter na tal eficácia o melhor colete à prova... dos gunners.  


Tendo em conta apenas os jogos do Campeonato e nas competições europeias e comparando com Benfica, FC Porto e SC Braga, os leões são a terceira equipa que necessita de mais remates para chegar ao golo.


Em média, nas 23 jornadas já riscadas do calendário da Liga interna e nos oito jogos europeus que disputou, os leões precisaram de 7,6 remates para chegar ao golo.


E só ao cabo de pelo menos 2,6 remates enquadrados com a baliza é que agitaram as redes adversárias.  Neste aspeto, porém, igualam o FC Porto, que também precisa dos mesmos 2,6 remates enquadrados, em média, para fazer mexer o marcador.