Di María e Marselha: uma rica história

Clube francês pode tornar-se aquele que o argentino mais vezes defrontou na carreira; marcou cinco golos em 18 jogos; estava no Benfica na última vez que as duas equipas se defrontaram

O Marselha não é um adversário qualquer para Di María. É, aliás, um emblema que marca muito a carreira do argentino devido aos muitos clássicos disputados em França frente ao histórico do sul do país.

Se fizer os dois jogos dos quartos de final, o Olympique tornar-se-á mesmo o clube contra quem o esquerdino mais vezes atuou, uma vez que soma 18 partidas diante dos marselheses, registo apenas superado pelos 19 jogos realizados frente a Barcelona e Lyon.

A esmagadora maioria dos desafios foi na condição de futebolista do Paris Saint-Germain, onde Di María atuou durante sete temporadas, de 2015 a 2022. E tem muito boas memórias do grande clássico do futebol francês dos últimos 40 anos: em 16 desafios, venceu 12,  empatou três e perdeu apenas um, tendo apontado cinco golos e feito seis assistências no total.

O Marselha é a sexta equipa a quem fez mais golos na carreira (os cinco referidos), cuja lista de vítimas é liderada, sem surpresas, por clubes franceses: Rennes e Nantes (sete golos), Mónaco, Montpellier e Dijon (seis golos).

Memórias de 2010

O Benfica volta a defrontar a equipa gaulesa 14 anos depois e Di María é o único jogador que pode fazer a ponte temporal entre os quatro jogos: tal como em 2009/2010, volta a estar vestido de encarnado no confronto entre estes dois vencedores da Taça/Liga dos Campeões do passado.

Tal como nessa temporada, benfiquistas e marselheses têm um confronto para a Liga Europa, o primeiro jogo é na Luz e o vencedor da eliminatória também poderá defrontar o Liverpool na etapa seguinte.

Em 2010 foram as águias a sorrir, com um empate a uma bola no Estádio da Luz e um triunfo por 2-1 no Vélodrome, a 18 de março, com golos de Maxi Pereira e Alan Kardec (este, aos 90’).

O argentino participou em ambos os encontros, tendo alinhado os 90 minutos em Lisboa e em Marselha, carimbando a passagem para os quartos de final, onde a equipa seria vergada pelos reds de Inglaterra, numa temporada em que a grande aposta era a conquista do campeonato, na estreia de Jorge Jesus no comando técnico.

Esta será porventura a maior diferença contextual entre a atual eliminatória e a de há 14 anos: em 2010, a prioridade do Benfica era o campeonato — e conseguiu-o; em 2024, a conquista da Liga é apenas uma possibilidade do ponto de vista matemático e de repente a Liga Europa transforma-se numa tábua de salvação para minimizar a falta de títulos nacionais (nem Taça de Portugal nem Taça da Liga, apenas a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira).

12 dezembro 2023, 22:30

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E será Di María precisamente um daqueles que mais vontade tem de brilhar no que resta desta competição. Porque já assumiu publicamente isso, quando o Benfica garantiu a transição para a prova em Salzburgo. «Disse a Rui Costa [presidente do clube] que era o [título] que me faltava, a Liga Europa. Penso que só a joguei duas vezes e agora tenho outra possibilidade», afirmou. Para isso terá de passar, para já, por cima de um velho conhecido.