Destaques do V. Guimarães: Tiago Silva empunhou a espada, mas Bruno Varela abriu o castelo...
Médio foi o patrão do meio-campo, mas não teve o devido acompanhamento dos colegas guarda-redes evitou a goleada, mas tem culpas no golo de Pepê; Bruno Gaspar esteve em bom nível, mas não pressionou no lance decisivo
A figura do V. Guimarães: Tiago Silva (nota 6)
Foi sempre o elemento do V. Guimarães mais inconformado em campo, procurando sempre empurrar a equipa para a frente. Deparou-se com a superioridade do setor central do meio-campo do FC Porto, com Alan Varela e Nico González a assumirem as despesas do jogo. Soltou-se muitas vezes da pressão exercida pelo setor intermédio dos dragões e tentou ao mesmo tempo tirar partida da sua meia distância. Teve apenas um erro que podia ter custado caro, ao deixar-se antecipar por Evanilson, que poderia ficar na cara de Bruno Varela não fosse uma mão de Borevkovic. Este lance, ainda assim, não mancha uma exibição de bom nível do patrão do meio-campo vitoriano.
(3) BRUNO VARELA — O V. Guimarães não saiu vergado a uma derrota maior por culpa do seu capitão e guarda-redes, mas a sua exibição fica manchada negativamente pelo lance do golo de Pepê, em que não segura a bola e deixa a bola entrar na sua baliza. Pode ser o lance que decide a eliminatória e Bruno Varela sentiu o peso desse lance menos feliz que teve diante do FC Porto...
(5) MANU — Procurou sempre compensar as subidas de Bruno_Gaspar, ficando de olho aberto perante as investidas de Galeno. Cumpriu os serviços mínimos, num jogo em que o extremo do FC Porto também não foi propriamente tão acutilante como o costume. Evanilson procurou sempre escapar às suas marcações, com mudanças constantes de velocidade por toda a frente de ataque dos dragões.
(4) BOREVKOVIC — Arriscou imenso logo na primeira jogada, ao pisar literalmente Evanilson, com os portistas a pedirem de imediato ação disciplinar. Depois, numa transição do FC Porto, meteu mão à bola, travando a possível fuga isolada do brasileiro do FC Porto para a baliza de Bruno Varela. Um desempenho com muitos lapsos.
(5) TOMÁS RIBEIRO — Sempre discreto nas suas ações, procurou sempre jogar simples e nunca quis inventar na sua zona de jurisdição. Quando o FC Porto apertou o cerco, não se escondeu e deu sempre o corpo às balas, em defesa do coletivo.
(5) BRUNO GASPAR — Começou por mostrar serviço com dois cortes providenciais quando Galeno apareceu em boa posição para marcar. Sempre com imensa energia nos pés, apenas teve uma pecha em todo o jogo, ao não pressionar Nico González antes de o espanhol cruzar para a área, lance que culminou com o golo de Pepê. É penalizado na nota por essa falta de acutilância ao atacar o lance.
(4T) TOMÁS HANDEL — Teve muito trabalho para suster as iniciativas de Pepê, com o internacional brasileiro a aparecer muitas vezes entre linhas, o que fazia com que o médio vitoriano não conseguisse estancar esse perigo sempre iminente.
(4) RICARDO MANGAS — Certamente abalado com o choque com a cabeça de Jorge Sánchez, o lateral-esquerdo fica inteiramente ligado ao golo do FC Porto por ter permitido que Pepê surgisse sozinho na área para cabecear para o golo que decidiu a primeira mão da meia-final. Pepê, aliás, foi um verdadeiro quebra-cabeças para o jogador do V. Guimarães, mormente na parte final da partida da cidade-berço.
(5) JOTA SILVA — O mais recente internacional português não conseguiu mostrar dentro das quatro linhas o bom momento que atravessa. Nunca se conseguiu libertar das amarras dos seus marcadores diretos e o melhor que conseguiu foi um remate desenquadrado com a baliza à guarda de Cláudio_Ramos. Bateu-se, como o costume, com imensa galhardia, mas esperava-se que fosse mais desequilibrador.
(4) NÉLSON OLIVEIRA — Completamente manietado por Pepe e Otávio. O_ponta de lança também pode queixar-se que teve pouca bola dos companheiros e apenas por uma vez se libertou da marcação e fez um remate frouxo à figura do guarda-redes do FC Porto.
(5) JOÃO MENDES — Começou por assustar o FC Porto com um remate perigoso no período de compensação da primeira parte. Aos 57 minutos viu um cartão para travar um contra-ataque perigoso do FC Porto e logo depois foi substituído por Álvaro Pacheco. Wendell teve sempre atenção às suas movimentações e nunca permitiu veleidades no seu raio de ação.
(4) KAIO CÉSAR — Trouxe maior vivacidade e poderia ter proporcionado a Jota Silva o golo do empate, num lance em que João Mário escorregou no relvado e o V. Guimarães ficou uma situação de superioridade e poderia ter feito melhor. Jogou sem posição fixa, o que criou algum desconforto à defesa do FC Porto.
(--) NUNO SANTOS — Entrou com a missão de fazer a diferença no último terço, mas a verdade é que o FC Porto, apesar de ter baixado de forma pensado o bloco defensivo, nunca permitiu grandes veleidades ao adversário, que nunca teve uma oportunidade de golo iminente. Pouco acrescentou à equipa do Minho.