Portimonense-Sporting, 1-2 Destaques do Sporting: o menino Conrad brincou em plena 'praia' algarvia

NACIONAL18.10.202423:38

Dinamarquês não é Gyokeres mas, desta vez, decidiu. Nuno Santos e Trincão também num plano muito elevado

O melhor em campo: Harder (8)

O Algarve é estância balnear para milhões de pessoas, com as suas praias a encantar os visitantes. E o menino dinamarquês de apenas 19 demonstrou que a sua praia são os golos, marcando os dois dos leões ali à beira-mar. No primeiro, excelente rotação sobre Jefferson e uma bomba de pé esquerdo sem hipóteses para Vinícius; no segundo, quando se esperava e o leão desesperava com a possibilidade de prolongamento, ali bem pertinho do final da compensação, recebeu a bola do habitual dono do lugar, Gyokeres, cavalgou para a área e picou o esférico sobre o guarda-redes portimonense. Estava encontrado o herói do jogo. De resto, sentido de baliza muito apurado, aproveitando qualquer milímetro de espaço para disparar às redes contrárias. Não é Gyokeres mas que promete, disso não há dúvidas.

5 Kovacevic  — Na reaparição na baliza, continua sem convencer. É certo e soube-se no final do jogo que não teve muito trabalho, mas aquele passe mal medido com os pés a fazer lembrar a Supertaça pode ficar para memória futura. Decidirá Rúben Amorim, mas no bloco de notas, os apontamentos não foram todos positivos. Longe disso.

6 Bruno Ramos — Estreia absoluta do jovem brasileiro da equipa B que os leões descobriram no Académico de Viseu e uma exibição personalizada; agressivo nos duelos e sem conceder espaços. Quando o Portimonense marcou, já não estava em campo.

6 Debast — Comandou a defesa leonina, jogando ao meio. Conseguiu sempre saídas limpas de bola, destacando-se num aspeto que não lhe era conhecido: a conversão de pontapés de canto. E bem marcados.

5 Gonçalo Inácio — Após uma primeira parte descansada, sentiu algumas dificuldades quando Ricardo Pessoa lançou o panzer Chico Banza em campo, recorrendo muitas vezes à falta — por vezes desnecessárias — para o travar., fruto, talvez, de ter estado parado por lesão algum tempo. Numa das suas características diferenciadoras, os passes a quebrar linhas desde a primeira fase de construção, não se destacou.

6 Esgaio — No primeiro jogo a titular do veterano, aos 31 anos, do plantel leonino, não comprometeu a defender e aproveitou a largura que Quenda dava sobre o lado direito para aparecer, muitas vezes, em movimentos diagonais, em zonas perto da referência ofensiva Conrad Harder, no centro da área. Não teve hipótese para brilhar mas, aí, a culpa não é exclusivamente sua.

6 Hjulmand — O tampão do meio-campo, peca por, em certos momentos, se perder em discussões estéreis com os árbitros. Teve uma grande ocasião de golo, aos 30 minutos, mas Vinícius efetuou uma grandíssima defesa. No passe esteve a um nível bem aceitável, mas não lhe ficaria mal arriscar mais para dar novos mundos à sua equipa.

6 Daniel Bragança — Desta vez não marcou, ele que vinha duma racha goleadora, mas num jogo em que o preço do metro quadrado estava pela hora da morte, naquele seu futebol de passe curto e rendilhado, foi ajudando a empurrar pela os algarvios cada vez mais para trás.

7 Nuno Santos — Numa equipa revolucionada, virou à esquerda o seu pensamento, com imensas iniciativas por esse flanco, embora numa primeira fase com alguma falta de pontaria. Mas pontaria foi coisa que não lhe faltou quando fez aquele passe pleno de mel para Harder marcar o primeiro golo. No segundo tempo, às vezes sem muita arte mas sempre com muito labor, continuou infernizar a vida aos defensores contrários.

6 Quenda — Jogou na frente de ataque, lugar que não lhe tem sido habitual desde que chegou às mãos de Rúben Amorim; não começou bem mas foi paulatinamente subindo de produção. Na primeira parte, após uma roleta, rematou ao lado com o seu pior pé, o direito e na segunda, após uma incursão pela banda direita, deixou Trincão a tocar o golo. Faltaram centímetros.

7 Trincão — É, claramente, o jogador em excelente momento de forma, por muito que isso custe a entender ao selecionador nacional Roberto Martínez. Magia à solta e seis lances em destaque. Será pouco?

6 Gyokeres — Pela primeira vez não foi titular esta temporada, mas quando Rúben Amorim entendeu que necessitava de outro tipo de presença na área para chegar ao segundo golo, recorreu aos seus serviços. Não foi ele quem  marcou, mas teve elevada responsabilidade neste com aquele passe que colocou Harder na cara do golo.

5 Geny Catamo — Cumpriu com o que lhe foi requerido.

5 Fresneda — Grande corte mesmo no último lance do jogo, o que assegurou a vitória leonina.

Lucas Taibo — Noite de estreia à beira-mar.