Portimonense-Sporting, 1-2 Ricardo Pessoa: «Foi justo, mas também frustrante»
Ricardo Pessoa, treinador do Portimonense considerou que a vitória do Sporting foi merecida, mas ficou também um sentimento de frustração por o jogo não ir a prolongamento, quando Harder resolveu nos descontos.
Na sala de imprensa do Portimão Estádio, Ricardo Pessoa, treinador do Portimonense considerou que o Sporting [1-2] venceu de forma justa e deixou elogios à sua equipa, que sentiu uma enorme frustração de não ter levado, pelo menos, o jogo para prolongamento.
- O Portimonense esteve perto do prolongamento, o que faltou?
«Não posso dizer que tenha faltado alguma coisa. Acho que tínhamos uma estratégia bem delineada em que os meus jogadores executaram quase na perfeição, que seria se não tivéssemos sofrido os dois golos. Este último, no momento de transição em que estávamos balanceados no ataque à procura de tentar chegar perto da baliza do Sporting. Mas não posso dizer que tenha faltado alguma coisa, acho que o Sporting é mais forte, foi mais forte, nós sabíamos que queríamos ter algumas janelas de oportunidade e tínhamos trabalhado para isso e elas aconteceram. Nos últimos 15 minutos tornámos a equipa mais pressionante, tínhamos esse objetivo de estar mais pressionantes, porque o Sporting estava até ali a ter bola, estava a controlar o jogo, os centrais estavam a ter pouca pressão e estavam a jogar com facilidade. A partir daí começámos a pressionar mais e a ser mais audazes, mas no final o resultado acaba por ser justo, mas frustrante porque sofremos no fim.»
- Porque deixou o Chico Banza no banco?
«Peço desculpa, mas isso são assuntos internos. Aquilo que posso dizer é que o [Chico] Banza, quando entrou, fez o trabalho que estava definido e muito bem. A estratégia passava por fazermos uma linha de cinco e não estarmos a baixar mais gente, e a fortalecer o meio-campo e os interiores estarem sempre a bascular ao lado da bola, para termos superioridade, porque o Sporting neste momento é muito forte nessas zonas com o ataque dos alas, de mais um médio que se incorporava também, e nós neste sentido entendemos que esta estratégia era a melhor e a verdade é que na minha opinião resultou muito bem. Só não deu para que o resultado fosse a nosso favor.»
- Nos últimos jogos tiveram muitos problemas a nível defensivo, hoje a defesa portou-se de forma positiva…
«Sim, isso é verdade, concordo plenamente. Sofremos demasiados golos nos últimos dois jogos. Hoje, contra uma equipa como o Sporting, que já goleou no campeonato por várias vezes, nós fomos defensivamente muito rigorosos, muito concentrados. Acho que acima de tudo foi isso, foi o rigor, foi a concentração com que nós tivemos e isso deu-me indicadores muito, muito positivos para aquilo que vem aí do campeonato.
- A estreia do Diogo Ferreira…
«O Diogo [Ferreira] é um miúdo que eu já conheço há dois anos, do tempo em que eu estava no Lusitânia, e ele foi jogar contra os juniores, estava no Amora. A partir daí, nós tivemos sempre de olho no Diogo [Ferreira]. Quando daqui chegámos, percebi que ele estava no Portimonense, tem vindo a trabalhar connosco, é um miúdo que eu acho que tem potencial, como todos: temos o Ruan com 18 anos, o Tony com 20, o Diogo [Ferreira] com 20, miúdos que nem sequer na Liga 3 tinham jogado e vieram diretamente do campeonato da Liga Revelação. E é um miúdo que eu acredito que terá um potencial enorme, como muitos que aqui estão e que hoje estiveram em campo.
- As vitórias morais valem o que valem, mas a exibição de hoje, pode ser um recado para um grupo que tem capacidade para poder fazer mais e melhor do que aquilo que tem feito até agora?
«Concordo plenamente. Nós trabalhamos para ganhar. Era difícil. Estivemos perto de, pelo menos, levar o jogo para prolongamento. E eles têm que perceber que têm capacidade, porque o que eles fizeram hoje permite-me a mim e a eles próprios acreditarem que daqui para a frente têm capacidade para fazer muito mais. E eu acredito plenamente nos meus jogadores, e digo isto de forma genuína, acredito muito neles, são jovens, é preciso muito trabalho para os desenvolver, esse é o nosso trabalho. Todos os dias levanto-me com uma vontade enorme de trabalhar com eles e de estar com eles, de os corrigir e de os melhorar, e vai ser assim. Mas acredito, e sou da mesma opinião, que este jogo serviu exatamente para eles perceberem isso.»