Destaques do SC Braga: no meio de tantos erros, Ricardo Horta deu o seu melhor
Ricardo Horta e Ortega disputam a bola. Imagem: EPA/GEORGIA PANAGOPOULOU

Destaques do SC Braga: no meio de tantos erros, Ricardo Horta deu o seu melhor

NACIONAL03.10.202421:30

No meio de tantos erros defensivos e no meio-campo, o capitão Ricardo Horta foi o que mais conseguiu assustar a baliza grega. No sentido contrário, João Ferreira teve uma tarde para esquecer

A figura: Ricardo Horta (6)

O capitão do SC Braga foi, sem dúvida, um dos mais combativos e incisivos no ataque, embora tenha tido pouca sorte na finalização. Aos 21 minutos, trabalhou bem com Bruma pela esquerda e serviu Gabri Martínez para uma oportunidade, ainda que sem sucesso. O seu momento de maior destaque surgiu aos 38 minutos, quando, após uma excelente jogada coletiva, rematou forte para uma defesa brilhante de Tzolakis. Na segunda parte, continuou a ser o mais perigoso, mas, numa tentativa aos 70 minutos, foi travado por David Carmo, que impediu o golo em cima da linha. Uma exibição esforçada, mas insuficiente.

Matheus (4) - Não foi uma noite fácil para o guarda-redes bracarense. Embora tenha tido algumas intervenções de qualidade, principalmente nos remates de Rodinei e Hezze, Matheus esteve diretamente envolvido num dos lances mais infelizes do jogo. No terceiro golo, o seu erro proporcionou o ataque decisivo do Olympiakos. Uma exibição com momentos de insegurança, que ficará marcada por essa falha comprometedora.

João Ferreira (4) - Uma exibição para esquecer. Defensivamente, esteve sempre em dificuldades, com Gelson Martins a causar-lhe constantes problemas. O lateral-direito raramente conseguiu impor-se nos duelos individuais e podia ter feito mais na abordagem que resultou no primeiro golo dos gregos. Ofensivamente, foi uma figura apagada, sem conseguir contribuir para a construção de jogadas perigosas.

Niakaté (5) - O central maliano teve uma atuação irregular. Nos momentos de maior pressão, revelou alguma dificuldade em lidar com o ataque rápido adversário. Embora tenha conseguido algumas boas intervenções, ficou aquém do esperado, mostrando insegurança em certos lances e falhando no posicionamento em jogadas críticas.

Arrey-Mbi (5) - Teve um desempenho similar ao do seu colega de setor. Esteve desconcentrado em lances de maior perigo e falhou na leitura do jogo, especialmente quando o Olympiacos acelerava no último terço. Mesmo assim, foi o melhor da linha defensiva: foi o que fez mais cortes, roubos de bola e passes certos.

Adrián Marín (4) - O lateral-esquerdo teve uma noite bastante difícil. Tanto a nível ofensivo como defensivo, esteve pouco presente e raramente conseguiu travar as investidas do adversário pelo seu flanco. Revelou dificuldades em acompanhar o ritmo do jogo e perdeu demasiados duelos, comprometendo a solidez defensiva.

Vítor Carvalho (5) - Uma noite de altos e baixos. Embora tenha tentado equilibrar as suas ações entre defesa e ataque, cometeu alguns erros de passe e não conseguiu fechar o seu lado defensivo com eficácia. Um jogo onde o esforço foi evidente, mas sem o resultado desejado.

André Horta (4) - No centro do campo, esperava-se mais do médio, que foi responsável por dois erros cruciais. O primeiro deu origem ao golo que colocou o Olympiakos em vantagem, quando, sem pressão, aliviou a bola para uma zona proibida, sendo recuperada pelos gregos. No segundo tempo, cometeu outro erro que originou um contra-ataque letal, culminando no segundo golo da equipa adversária.

Gabri Martínez (5) - Não foi por falta de tentativas que o extremo não conseguiu deixar a sua marca. Logo aos 21 minutos, surgiu com uma boa combinação com Ricardo Horta pela esquerda, mas o remate, já com pouco ângulo, saiu sem força. Tentou mais algumas incursões perigosas, mas o guarda-redes Tzolakis esteve sempre à altura.

Bruma (6) - Foi (novamente) um dos mais ativos no ataque, criando algumas boas jogadas de perigo, como o chapéu que tentou fazer ao guarda-redes logo no início do encontro. Porém, foi perdendo influência à medida que o jogo avançava.

Roberto Fernández (5) - Foi dos que mais tentaram, mas sempre sem a eficácia necessária no último toque. Na segunda parte, foi substituído, sem nunca ter encontrado o seu espaço em campo.

Gorby (5) - Entrou após o intervalo para tentar reequilibrar o meio-campo, mas a equipa já estava em desvantagem emocional. Embora tenha tido uma entrada combativa, não conseguiu dar o dinamismo e organização necessários para travar o ímpeto ofensivo dos gregos.

Gharbi (5) - Tal como Gorby, entrou logo após o intervalo, com a missão de dar criatividade e frescura ao ataque, contudo, tal como o resto da equipa, viu-se envolvido num turbilhão de erros e oportunidades perdidas. Esteve discreto nas poucas investidas ofensivas que fez.

El Ouazzani (5) - Entrou quando o jogo já estava praticamente decidido e teve poucas oportunidades de se mostrar. Tentou algumas combinações no ataque, mas sem grande impacto no resultado final. A sua entrada não trouxe o efeito esperado por Carvalhal.

Roger Fernandes (6) - Outro dos jogadores que entraram já com a partida praticamente resolvida. Embora tenha mostrado algum dinamismo, as suas ações ofensivas não se traduziram em oportunidades claras de golo. Mas foi o que mais tentou do lote de suplentes utilizados.

Victor Gómez (5) - Entrou para tentar dar estabilidade ao flanco esquerdo, mas não trouxe o impacto desejado. Embora tenha demonstrado mais segurança do que o seu antecessor, não conseguiu acrescentar muito ao ataque e foi limitado nas suas ações defensivas.