FC Porto-Man. United, 3-3 Os destaques do FC Porto: pacto de Samu com os golos acendeu a chama do Dragão
Parecia o ‘remake’ do filme de Aveiro, mas a cabeça de Maguire aguou a festa portista. Samu é mesmo um caso sério, Galeno está cada vez mais jogador, e João Mário continua a progredir. Nico não merecia ficar ligado ao empate dos ‘red devils’…
O melhor em campo: Samu (7)
O jovem espanhol, que já tem mais golos que jogos pelo FC Porto, não só bisou contra os ‘red devils’, impondo-se fisicamente em ambos os lances – um e outro em antecipação, o primeiro concluído com a cabeça, o segundo com o pé direito -, ao defensor mais possante do Manchester United, Matthijs de Ligt, como esteve muito perto do ‘hat-trick’, que Onana lhe negou, aos 65 minutos, numa jogada em que teve o mérito de nunca desistir. Mas além da capacidade concretizadora e do desgaste tremendo que provocou na equipa capitaneada por Bruno Fernandes, Samu nunca virou a cara à luta e surgiu muitas vezes em tarefas defensivas, quer em lances de bola parada, quer a acompanhar as subidas especialmente de De Ligt. Melhorou com o apoio mais próximo de Galeno
6 DIOGO COSTA — De certeza que não ficou convencido com os golos que sofreu, tão perto esteve de defender os remates de Rashford e Hojlund, que lhe andaram pelos pés e pelas luvas. Sem hipóteses no 3-3 de Maguire, fez a defesa da noite a um belíssimo remate de Garnacho (88), que levava selo de golo. Antes já se opusera com classe a tentativas de Casemiro (42) e Mazraoui (62).
7 JOÃO MÁRIO — Um jogo globalmente positivo, abrilhantado pelos dois cruzamentos para golo que fez da direita, e ainda pela intensidade frenética que colocou nas ações no flanco direito, onde atuou como defesa e como ala. Do ponto de vista defensivo teve algumas dificuldades no um-contra-um com Rashford (macio no 0-1), mas pode queixar-se de ter sido abandonado algumas vezes. Ficou na retina um excelente desarme a Garnacho, aos 56 minutos, acabando por sair, esgotado, aos 77.
5 ZÉ PEDRO —Fez um jogo que começou por ser marcado pelo nervosismo, mas foi melhorando, sempre à procura da solução mais simples. Aos 15 minutos, num corte arriscado, tirou o pão da boca a Rashford.
5 NEHUEN PÉREZ — Simples nos processos, eficaz a tapar Hojlund, que não é um prodígio de técnica, quase salvava o 0-2 e viria a estar no lance que ditou o segundo cartão amarelo a Bruno Fernandes. Fez uma exibição correta, sem ser impressionante.
6 FRANCISCO MOURA — Apesar de se ter sentido um pouco coo peixe fora de água nos minutos iniciais, foi encontrando ritmo, acertou nas marcações a Diallo, e quando Galeno passou a atuar mais por dentro aproveitou bem o corredor para canalizar jogo. Aos 47 minutos, após uma cavalgada impressionante que lhe permitiu isolar-se, não conseguiu bater Onana, que fez uma excelente mancha. Excelente o corte que fez sobre Zirkzee, aos 87 minutos.
5 EUSTÁQUIO — Fez um jogo com muita entrega, mas sem grandes riscos, preferindo jogar para trás do que para a frente. Contra veteranos como Casemiro e Eriksen podia ter sido mais ousado.
5 ALAN VARELA — Não foi das noites mais felizes do médio argentino, demasiado previsível com a bola no pé. E a defender ainda pregou um susto a Diogo Costa quando deu demasiado espaço a Bruno Fernandes que quase marcou.
6 PEPÊ — Uma exibição que teve de tudo: uma perda numa disputa com Eriksen no lance do 0-2; um golo, do 1-2, pleno de oportunidade, e uma maravilhosa assistência para 0 3-2 de Samu, deixando Lisandro Martinez nas covas, como se um fosse a correr e o outro estivesse parado. Sendo a sua atuação positiva, faltou-lhe continuidade.
5 NICO GONZÁLEZ — Não merecia, pelo que fez ao longo dos 90 minutos, ficar diretamente ligado ao lance que, já a desoras, deu o empate aos ‘red devils’, mas a verdade é que perdeu a posição para Maguire, que aproveitou o canto de Eriksen para faturar. Criativo, em muitos momentos o verdadeiro patrão dos dragões, mandando nos ritmos da sua equipa, o médio espanhol mostrou inteligência criando inúmeras vezes superioridade numérica a meio-campo para a sua equipa.
7 GALENO — Generoso, quebra-cabeças permanente quer junto à linha, quer em terrenos mais interiores, bem a defender, ainda obrigou Onana a esforçar-se para não ser batido, e merecia o golo (seria o 4-2), que Deniz Gul não lhe quis dar, aos 83 minutos.
6 MARTIM FERNANDES — Entrou bem para a direita da defesa e não se saiu nada mal do duelo que manteve especialmente com Garnacho.
4 GRUJIC — Com uma missão essencialmente defensiva, ia comprometendo, num lance, perto do fim, com Zirkzee.
5 FÁBIO VIEIRA — Deu clarividência, num período em que o FC Porto estava demasiado preocupado em defender a vantagem.
4 DENIZ GUL — Teve a vitória nos pés e quis a glória para si (83), quando Galeno estava em melhor posição. Onana agradeceu.
— NAMASO – Foi tentar o impossível.