Benfica-Atlético Madrid, 4-0 Destaques do Benfica: deste jogo é injusto escolher só um

NACIONAL02.10.202423:03

Aursnes em todas, Florentino em todo o lado, Carreras entusiasma, a batuta de Kokçu, a magia de Di María e Akturkoglu

MELHOR EM CAMPO - AURSNES (8)

Bruno Lage dele disse que o vemos em todos os momentos do jogo e neste desafio com o Atlético foi assim. O norueguês foi médio, defensivo e ofensivo. Pressionou atrás, dobrou Bah, Florentino e Tomás Araújo; pressionou à frente, tentou o remate de longe (12’) e, cereja na grande exibição, fez o passe para Akturkoglu marcar o primeiro golo. Saiu de zonas de pressão com simplicidade e a sua capacidade defensiva deu asas a Di María.

(7) TRUBIN – Não precisou de defesas apertadas (na verdade não teve uma!) para fazer uma exibição de nível, muito competente a jogar com os pés e autoritário nos cantos e cruzamentos.

(7) BAH – Sentiu algumas dificuldades para travar Samuel Lino, mas bateu com ele de frente e ganhou o duelo. Muito concentrado e intencional nas subidas; foi astuto na forma como isolou Di María (e quase fez o mesmo com Pavlidis) num lançamento de linha lateral e marcou de cabeça o terceiro golo, num canto ao qual respondeu no sitio e momento certos.

(8) TOMÁS ARAÚJO – Logo no primeiro minuto tentou fintar Correa e correu-lhe mal, mas foi a tempo de ele próprio resolver o problema e a partir desse momento arrancou para uma exibição sólida, sem falhas defensivas e muito inteligente nas transições. Atento, muito eficaz a fechar o flanco.

(8) OTAMENDI – Fez tudo bem. Irrepreensível pelo ar e junto à relva, de frente para o jogo, a liderar o setor, a tapar todas as possíveis portas de entrada na área encarnada e a saber sempre encaminhar a bola com critério.

(8) CARRERAS – Defensivamente muito bem, sempre um passo à frente dos adversários, a jogar no espaço e não no adversário, muito bem. Depois, ofensivamente, a sair sempre com muita classe, com transições pela ala ou em zonas mais interiores, entendendo-se de olhos fechados com Akturkoglu. Esticou a equipa pela esquerda, deu profundidade, sem nunca comprometer o equilíbrio da equipa.

(8) FLORENTINO – Sempre perto dos companheiros, de todos os companheiros. Esteve em todo o lado a fazer o que faz bem: corta, roda, passa curto, dá posse. Foi o guarda-costas da equipa e o seu posicionamento e jogo deram confiança à equipa e permitiram que ela encolhesse e se esticasse, com critério.

(8) KOKÇU – Menos bola e mais a correr atrás dela na primeira parte, mas sempre dinâmico e a fazer mira à baliza com remates de meia-distância. Na segunda parte pegou na equipa e tornou-a mais intensa na transição, sem nunca deixar de se mostrar solidário a defender. Fez um grande passe a isolar Di María (55’) e marcou o penálti para o quarto golo do Benfica.

(8) DI MARÍA – Com muita vontade de fazer diferente e fez mesmo a diferença. Logo aos 6 minutos fintou três defesas e ofereceu possibilidade de remate a Pavldis, aos 31’ rematou ao lado, aos 45+3’ novo remate, aos 49’ rematou ao lado, aos 52’ marcou de penálti, aos 54’ serviu Pavlidis e aos 55’ podia ter feito melhor… mas, isolado, permitiu a defesa de Oblak. E correu, procurou defender, com a vontade de um jovem de 36 anos.

(8) PAVLIDIS – O primeiro a defender e foi um excelente defesa, condicionando sempre a primeira linha de construção dos espanhóis. Aos 6 minutos viu um remate ser-lhe bloqueado e, na sequência do canto, rematou de cabeça para enorme defesa de Oblak. Aos 45+3’, sozinho, ansioso, falhou inacreditavelmente o golo, com a bola a bater no poste. Aos 49’ levou tudo à frente e ganhou o penálti para o segundo golo; aos 54’, remate de cabeça para defesa do guarda-redes. Pode fazer muito melhor, mas fez tanto…

(8) AKTURKOGLU – O extremo turco voltou a mostrar facilidade em aparecer em zona de finalização e não tremeu na hora de rematar, enganar Oblak e marcar o primeiro golo. Entendeu-se muito bem com Carreras e conduziu contra-ataques perigosos. A tudo isto juntou uma enorme capacidade para fechar, juntar-se na defesa do flanco e ao centro. Solidário, e perigoso com bola.

(7) AMDOUNI – Não marcou, mas quase. E a quantidade de lances em que se envolveu, saindo do banco, é notável. Aos 73’ tentou o remate, aos 82’ trabalhou nem na área, foi derrubado e assim marcou Kokçu, de penálti; aos 90+1’ falhou a bola no que poderia ter sido um golo de bandeira.

(7) ROLLHEISER – Saltou do banco para assumir a condução de bola e o jogo com qualidade e irreverência. Manteve a posse sem tremer; aos 78’ procurou surpreender com um remate de fora da área, que passou pouco ao lado do poste; aos 90+1’ fez um passe em chapéu para Amdouni ao qual só faltou a finalização certa do avançado suíço.

(7) BESTE – Dinâmico e competitivo, novamente como extremo esquerdo. Marcou o canto no golo de Bah, aos 82’ lançou Amdouni no lance do segundo penálti para as águias e, aos 90+1’, rematou com potência, colocando Oblak em apuros.

(5) ANTÓNIO SILVA – Aos 90+1’ lançou Rollheiser em profundidade pela direita para lance perigoso.

(- )LEANDRO BARREIRO – Sem tempo para deixar marca no jogo.