Descentralização da Cidade do Futebol, centralização dos direitos televisivos e Figo nos planos de Lobo para a FPF
Nuno Lobo apresenta a sua candidatura à presidência da Federação Portuguesa de Futebol. Foto: D.R.

Descentralização da Cidade do Futebol, centralização dos direitos televisivos e Figo nos planos de Lobo para a FPF

Candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol anunciou várias das ideias que pretende implementar caso seja eleito; assegura continuidade de Roberto Martínez e não garante apoio de Benfica e Sporting à sua candidatura

Na apresentação da sua candidatura à presidência da FPF, que decorreu no hotel Epic Sana, em Lisboa, Nuno Lobo anunciou ainda as principais medidas que pretende implementar na Federação em caso de vitória, entre estas a «descentralização da Cidade do Futebol e da sua atividade institucional» com a construção de uma nova infraestrutura no Norte do país, uma delegação com sede «no eixo Porto-Braga».

O candidato à presidência da Federação garantiu não ter interesse em colocar a Liga de Clubes sob alçada da FPF, muito embora se tenha mostrado altamente crítico ao estado atual dos campeonatos profissionais em Portugal, e defendeu de forma acesa a centralização dos direitos televisivos, mostrando-se apoiante do modelo espanhol e apontado ao que considera ter sido um mau trabalho de Pedro Proença neste tema.

«Não há nenhum dirigente de futebol em Portugal que possa dizer, primeiro, como vai ser o processo de centralização e, segundo, quanto cada um de nós vai receber. É algo que não passa de estudos, não sabemos o real valor…estamos fora da realidade», opinou Nuno Lobo, que assegurou ter, entre outros apoios, os de clubes profissionais, deixando no ar que poderá não ser apoiado por Benfica e Sporting, recordando não ter contado, em 2012, com o apoio de ambos quando se candidatou à liderança da AF Lisboa.

Nada que, acrescenta, o preocupe em demasia: «Vou a eleições para ganhar», disparou antes de, posicionado como candidato de continuidade ao legado de Fernando Gomes, ao qual teceu rasgados elogios, anunciar eventuais decisões desportivas como garantir que, caso seja eleito, «Roberto Martínez é o meu selecionador, o selecionador da Federação e tem contrato de trabalho com a Federação». Relativamente a Luís Figo, com quem esteve recentemente, recordou como alguém que foi «grande capitão da Seleção e melhor jogador do Mundo», para além de «um amigo». «Será sempre parte de uma Federação por mim presidida», finalizou.