Arouca-Nacional, 1-0 Da Madeira, com amor: lobos derrubam insulares com golo 'made in' Funchal (crónica)

À terceira foi de vez, com o Arouca a garantir a primeira vitória na Liga; Henrique Araújo, madeirense emprestado pelo Benfica, decidiu o encontro

Sem vitórias nas duas primeiras jornadas da Liga, Arouca e Nacional entraram em campo focados numa história diferente, que acabou por ser escrita pelos anfitriões, que garantiram que os três pontos, desta vez, ficavam em casa (1-0).

Num jogo que começou com ritmo baixo e que marcou a estreia do árbitro Sérgio Guelho na Liga, foi o Arouca a assumir as rédeas do encontro, com mais posse, enquanto o Nacional procurava surpreender no contra-ataque. Quase conseguiu aos 9 minutos, quando Nigel Thomas, numa arrancada pelo corredor direito, deixou Butzke na cara do golo, mas em vez do remate à baliza que a bola pedia veio um desvio defeituoso, em jeito de corte.

Corte providencial na área contrária, protagonizado por Ulisses, também garantiu, três minutos depois, que o nulo persistia no marcador, numa altura em que Henrique Araújo se preparava para desviar para golo um passe de Cristo González, que regressou às opções após lesão.

A parceria só daria frutos minutos depois, com o patrocínio de Zé Vítor: perda de bola do defesa do Nacional foi aproveitada de maneira sublime por Cristo González, que de calcanhar assistiu Henrique Araújo para o primeiro golo do jogo — o primeiro do avançado emprestado pelo Benfica em mais de ano e meio.

O Nacional tentou reagir à desvantagem, mas as iniciativas que culminavam em Rúben Macedo não fizeram mossa no resultado.

Tiago Margarido mexeu ao intervalo, Appiah foi uma das apostas para galvanizar o ataque madeirense, mas antes o técnico dos insulares ainda passou por calafrios, leia-se remates de Cristo González (54' e 57') e cabeceamento de Tiago Esgaio travado por Lucas França (60’).

Depois sim, o empate a rondar: Tiago Reis testou Nico Mantl e na recarga Appiah atirou à malha lateral (71’), antes de Garcia (81’) e Luís Esteves (85’) falharem o alvo, numa reta final de pressão madeirense. Esforço inglório, sem frutos, a adiar para jornadas futuras a luta do Nacional pela primeira vitória (e com razões para o emblema recém-promovido ao principal escalão estar otimista).

Resumo do jogo: