17 setembro 2023, 23:27
Duarte Gomes analisa arbitragem do Sporting-Moreirense
Especialista fala em «muitos erros» mas sem influência no resultado
Hjulmand (Dinamarca) e Gyokeres (Suécia) no coração da vitória. Entrada do Moreirense pôs Alvalade em sentido. Segunda parte foi toda leonina e a vitória é absolutamente justa.
Sem ousar brincadeiras baratas com coisas demasiado sérias, dá vontade de escrever que este Sporting-Moreirense é mais uma prova de que as alterações climáticas são realidade indiscutível. E se para o Mundo, de um modo geral, isto se torna cada vez mais preocupante, para o Sporting será tempo de lhes dar graças (e aqui entramos no futebol, salvaguardando as distâncias a que o bom senso e o sentido de cidadania nos obrigam).
A_quarta vitória dos leões no campeonato deve-se em larga medida à alta rotação e ao calor proporcionados por dois nórdicos. Se cada um de nós ouvir a palavra Escandinávia a imagem que nos surge será certamente de neve, frio, pessoas loiras e altas.
Hjulmand e Gyokeres são efetivamente altos e loiros, mas trazem ao futebol leonino um calor decisivo. Correram, marcaram, assistiram e condicionaram um muito bem intencionado Moreirense. E vale a pena falar do Moreirense.
A equipa de Moreira de Cónegos entrou em Alvalade com uma boa e ousada proposta de jogo. Dominou nos primeiros minutos e assustou as bem preenchidas bancadas de Alvalade.
Após sustos iniciais, o Sporting tomou conta das operações, com aquela paciência que Rúben Amorim tanto pede aos adeptos e eles nem sempre conseguem manter.
O nulo ao intervalo fazia tremer os sofredores, mas a lição estava estudada pelos leões: cansar o Moreirense e atacar de forma feroz na segunda parte.
Foi o que aconteceu. Após o intervalo o_jogo passou a sentido único e os golos surgiram com naturalidade, muito por força da alavanca escandinava e da boa assessoria de toda a equipa. O_Moreirense continou positivo, mas foi empurrado para o último terço do terreno, o que é diferente de lá estacionar um autocarro.
Saúde-se o facto de a arbitragem ter passado despercebida, o que aparentemente dificulta o trabalho do nosso colega Duarte Gomes. Puro engano: o que se quer, no futebol português, é paz. Com jogos e decisões assim, o_Duarte pode explicar calmamente o que tantos teimam em não perceber quando estão toldados pelos calores da clubite. Calores que são, por sinal, bem menos interessantes que os escandinavos.
17 setembro 2023, 23:27
Especialista fala em «muitos erros» mas sem influência no resultado