César Peixoto: «Tivemos as melhores oportunidades de golo»
Técnico do Moreirense lamenta a falta de eficácia e os golos marcados em boa hora para o SC Braga
Após a derrota frente ao SC Braga por 1-3, César Peixoto, treinador do Moreirense, destacou as diferenças da primeira para a segunda parte, afirma que a equipa visitante teve as melhores oportunidades e acredita que o timing dos golos bracarenses tiveram muita influência no desfecho da partida.
Tinha prometido que a equipa seria capaz de criar problemas ao SC Braga e isso verificou-se, mas o Braga também criou muitos problemas e marcou em cima do intervalo. Deu dois passos em frente com alterações, o que é que pensou nesse momento?
- Sim, sabíamos que ia ser um jogo difícil. Na primeira parte, na primeira fase de pressão, o Braga muito bem sempre com os seus alas a ganhar as costas dos nossos extremos que saltavam na pressão, isso criou-nos alguma dificuldade. Eles com mais bolas mas sem criar grandes situações. Aliás, nos 90 minutos, as situações mais claras foram nossas, mas o Braga com mais bola. Queríamos que o jogo chegasse 0-0 ao intervalo, para podermos corrigir, como fizemos, mas o Braga acaba por ser feliz nisso, fazer golo a acabar a primeira parte. A equipa trabalhou muito mas nem sempre da melhor forma. Faltou-nos capacidade e coragem para ligar o jogo com mais paciência para um desequilíbrio. Faltou-nos paciência. Ao intervalo, falámos com a equipa, entrámos muito melhor na segunda parte. Fazemos o 1-1 e, logo a seguir, o Braga é novamente feliz no momento em que faz golo. Íamos estabilizar o jogo e logo a seguir sofremos o golo. A equipa, aí, abanou um bocadinho. Depois tivemos duas ou três bolas no ferro, tivemos situações claríssimas de golo que não fizemos e o Braga acaba por fazer o 3-1. Depois o jogo já não teve muita história. Uma segunda parte em que fomos mais atrevidos, tivemos mais paciência. Aquilo que tinha pedido, que faltou na primeira parte, fizemos na segunda e, sempre que fizemos, criámos problemas. O Braga foi melhor, ganhou o jogo, mas as melhores situações foram nossas. Quero dar também os parabéns aos meus jogadores, foram incansáveis, nunca desistiram. Apesar de não termos sido felizes da forma como sofremos os golos, fomos à procura do jogo, não nos demos por vencidos, mas acabámos por perder.
Custou muito mais sofrer aquele 1-2 depois do empate?
- Sim, foram duas perdas de bola nossas sem muita pressão. Acabámos por sofrer em dois de fora de área, o primeiro um grande golo, o segundo bate num jogador nosso. Depois de fazermos o 1-1, sofrer logo o 1-2, quando a equipa ia ganhar confiança, não nos íamos dar por contentes só com o 1-1, viemos tentar lutar pelos três pontos, sabendo que íamos encontrar uma boa equipa, com bons jogadores, que está a crescer, que teve mais bola. Mas acho que as melhores ocasiões foram nossas.
Carlos Carvalhal disse que «as vitórias são a preparação para a derrota». Esta derrota pode ajudar a equipa a dar passos em frente?
- Temos de aprender com os erros. Os dois primeiros golos foram dois erros nossos. Temos de perceber o que aconteceu e crescer com estes jogos. Nas derrotas, também vemos o que há a melhorar, ainda temos muito a melhorar. Nos outros dois jogos não éramos os maiores, agora não somos os piores. O processo tem o seu caminho, sabemos qual é, é continuar a trabalhar e a acreditar nestes jogadores, que trabalham fantasticamente bem. Vieram aqui para lutar pelo jogo, não para perder por poucos. Muita confiança na minha equipa, nos jogadores. Agradeço aos adeptos, que vieram em grande número. Gostaríamos de ter dado outro resultado, mas penso que foram felizes, porque perceberam que a equipa lutou até ao final, acaba por perder, mas nunca desistiu até ao final.