Boavista Bracali faz história entre Arouca e o Bessa
É o jogo da vida e a própria vida de um futebolista. Não raro, o destino coloca os atletas profissionais de cara com os seus antigos companheiros de luta. Normal, claro. E muito frequente, sobretudo nos tempos que correm.
Assim é o caso de Bracali, guarda-redes do Boavista, decisivo na conquista deste empate. O italo-brasileiro, que os adeptos da pantera recentemente elegeram o melhor jogador do mês de fevereiro, também já foi figura de topo ao serviço do Arouca.
Bracali chegou ao Bessa há cinco anos, oriundo, precisamente, do emblema da serra da Freita, onde tinha cumprido três épocas, uma das quais inesquecível e para sempre destacada no historial do clube dirigido por Carlos Pinho: a presença na Liga Europa, em 2016/2017.
Essa aventura europeia, com Bracali titularíssimo, começara um ano antes, quando os arouquenses alcançaram o quinto lugar na Liga. Depois do apuramento após a disputa da 3.ª pré-eliminatória, frente ao Heracles Almelo, com empate a zero em casa e a um golo nos Países Baixos - funcionando então o peso do tento marcado fora - viria o play-off de acesso à fase de grupos, onde já não foi possível superar o Olympiakos, que venceu na Grécia (2-1) e em Arouca (1-0).
O guarda-redes prosseguiria a sua caminhada na terra serrana, não tendo, no entanto, sido capaz de evitar, só por si, a descida de divisão um ano mais tarde.
Algo que, de resto, não o impediria de encontrar trabalho no Bessa, na temporada 2018/2019, que o tem ocupado ao longo destas cinco Ligas, apesar dos 41 anos, quase 42 a cumprir em maio próximo. O mais idoso da competição, o que tão-pouco o incomoda. E a pensar manter a loja aberta, se para tanto houver oportunidade e interessados. Um assunto a resolver no final da época, já deixou claro Bracali.