«Não há momento ideal para defrontar um candidato ao título com as armas do Benfica»
Treinador do Boavista realçou a capacidade de resposta da sua equipa durante a segunda parte. (Foto: HUGO DELGADO/LUSA)

«Não há momento ideal para defrontar um candidato ao título com as armas do Benfica»

NACIONAL18.01.202413:22

Ricardo Paiva, treinador do Boavista, fez antevisão ao jogo com as águias

Ricardo Paiva afirmou que a fase positiva que o Boavista atravessa, após empate com o FC Porto (1-1) e vitória sobre o Vizela (4-1), não se traduz num bom momento para medir forças com o Benfica, para a 18.ª jornada da Liga.

«Um candidato ao título, com as armas e a valia do Benfica, não tem momento ideal para ser defrontado. Tem uma preparação, um trabalho que respeita o adversário, olhando para as suas individualidades e dinâmica coletiva, independentemente de vir de um empate ou uma derrota. Não acredito que tenha grande impacto numa equipa com a dimensão de um candidato ao título», afirmou o treinador do Boavista.

Bons resultados contra os grandes também foram relativizados: «O facto de termos pontuado contra o FC Porto e vencido o Benfica em casa na 1.ª jornada vale de pouco neste momento, a não ser uma pitada adicional de motivação, no sentido de os jogadores saberem que são capazes de dar resposta positiva independentemente do adversário. Temos trabalhado com os pés bem assentes na terra, não nos agarrando a coisas atrás. A questão da motivação é normal, deixo que sejam eles a ir buscar, não foi tema, nem é a base do nosso trabalho ou de preparação para o jogo.»

O técnico foi também convidado a analisar as dificuldades que o Rio Ave criou aos encarnados na última jornada, dizendo que é «redutor» basear-se nesse aspeto. «No futebol às vezes as coisas são curiosas. O Rio Ave criou problemas ao Benfica, mas de nada valeu [perdeu 1-4]», disse, dando a receita: «Temos de ser iguais a nós mesmos, ser rigorosos e comprometidos.»

Questionado sobre a estratégia para travar as individualidades do plantel encarnado, foi taxativo: «O trabalho coletivo é a chave para termos competência nas várias fases do jogo. A equipa tem de estar unida, coesa e basear-se nessa estabilidade coletiva para evitar que essas individualidades possam emergir.»