Boavista: Bacci só pede «coragem» aos jogadores
Cristiano Bacci com os seus adjuntos no banco de suplentes durante o duelo com o Estrela (Foto: FILIPE AMORIM/LUSA)

Boavista: Bacci só pede «coragem» aos jogadores

Trabalho do italiano, num contexto singular, sem reforços e com muita juventude, tem surpreendido os adeptos. Técnico explicou à Gazzetta Dello Sport como o coletivo enfrenta a adversidade.

Muito acima do que eram as expectativas iniciais, porque o Boavista perdeu imensos titulares, ficou sem dois dos principais guarda-redes, João Gonçalves e Luís Pires, e perdeu para várias semanas o criativo Reisinho, os axadrezados somam cinco pontos na Liga. Cristiano Bacci, à Gazzetta Dello Sport, falou sobre a sua difícil missão no Boavista.

Sem poder inscrever reforços, por causa do impedimento decretado pela FIFA, o remédio foi puxar para a ribalta vários jovens sem experiência de Liga e retirar-lhes pressão dos ombros. Na partida contra o Est. Amadora (2-2) foram utilizados oito jogadores da formação, um deles, o guarda-redes Tomé, com 17 anos. «Uma palavra: coragem. Eles não precisam de sentir pressão e não precisam ter medo de cometer erros», explicou o treinador italiano, cujo espírito de missão tem cativado a admiração dos adeptos do Boavista.

«Os jogadores mais experientes são muito importantes para mim, é através deles que transmito muitos conceitos aos mais novos. Eles entendem a situação do clube e estão a superar-se, movidos justamente por um ambiente que cria energia», relata.

«Porém, não nego que trabalhar durante o mercado foi difícil, muitos mais poderiam ter saído, mas as hipóteses não se concretizaram», dando como exemplo Bozeník e Onyemaechi. «Bozeník teve Hellas Verona, Génova, Lecce, grandes clubes da MLS, a chamar por ele. O Onyemaechi, igual, lateral da seleção da Nigéria, ainda com margem incrível para crescer. Podem ser dois ativos muito valiosos no futuro, até lá é preciso trabalhar os meninos.»