Trabalho do italiano, num contexto singular, sem reforços e com muita juventude, tem surpreendido os adeptos. Técnico explicou à Gazzetta Dello Sport como o coletivo enfrenta a adversidade.
Muito acima do que eram as expectativas iniciais, porque o Boavista perdeu imensos titulares, ficou sem dois dos principais guarda-redes, João Gonçalves e Luís Pires, e perdeu para várias semanas o criativo Reisinho, os axadrezados somam cinco pontos na Liga. Cristiano Bacci, à Gazzetta Dello Sport, falou sobre a sua difícil missão no Boavista.
João Ferreira, o scout que 'descobriu' Tomé Sousa, destaca a coragem e o potencial do guarda-redes do Boavista. Em entrevista a A BOLA, revela as ambições futuras do jovem atleta
Sem poder inscrever reforços, por causa do impedimento decretado pela FIFA, o remédio foi puxar para a ribalta vários jovens sem experiência de Liga e retirar-lhes pressão dos ombros. Na partida contra o Est. Amadora (2-2) foram utilizados oito jogadores da formação, um deles, o guarda-redes Tomé, com 17 anos. «Uma palavra: coragem. Eles não precisam de sentir pressão e não precisam ter medo de cometer erros», explicou o treinador italiano, cujo espírito de missão tem cativado a admiração dos adeptos do Boavista.
«Os jogadores mais experientes são muito importantes para mim, é através deles que transmito muitos conceitos aos mais novos. Eles entendem a situação do clube e estão a superar-se, movidos justamente por um ambiente que cria energia», relata.
Nigeriano marcou, quase bisou, teve expulsão revertida pelo VAR e ainda uma oferta involuntária para o 2-2 final. Experiência de Seba Pérez e Vukotic ajudaram à garra da pantera. A noite histórica do agora guarda-redes mais jovem titular de sempre na Liga lusa
«Porém, não nego que trabalhar durante o mercado foi difícil, muitos mais poderiam ter saído, mas as hipóteses não se concretizaram», dando como exemplo Bozeník e Onyemaechi. «Bozeník teve Hellas Verona, Génova, Lecce, grandes clubes da MLS, a chamar por ele. O Onyemaechi, igual, lateral da seleção da Nigéria, ainda com margem incrível para crescer. Podem ser dois ativos muito valiosos no futuro, até lá é preciso trabalhar os meninos.»