Benfica: quem marca o golo 100?
Arthur Cabral, Rafa e Di María, jogadores do Benfica (Foto: Miguel Nunes)

Benfica: quem marca o golo 100?

NACIONAL13.04.202421:59

Jogo deste domingo com o Moreirense, da 29.ª jornada da Liga, pode ser especial

A equipa liderada por Roger Schmidt tem nesta altura 99 golos marcados em 49 jogos oficiais nesta temporada no somatório de todas as competições. Pode atingir já este domingo o número sempre marcante dos 100 golos numa época, na receção ao Moreirense da 29.ª jornada do campeonato, que tem início marcado para as 20.30 horas.

Os encarnados apresentam uma média goleadora de 2 golos por jogo, o que se mantém mais ou menos em linha com o registo das últimas quatro temporadas, mas já desalinhado com a época passada, da conquista do título — as diferenças são significativas e ajudam a explicar a campanha negativa.

Em 2022/2023, com os mesmos 49 jogos disputados — e com o treinador alemão Roger Schmidt em estreia absoluta no futebol português — as águias levavam 117 golos marcados (2,4 golos/jogo); na anterior, com 49 jogos a equipa tinha 104 golos marcados (2,1 golos/jogo); em 2020/21 aos 49 jogos o somatório era de 101 golos (2 golos/jogo); e em 2019/20 os encarnados somavam exatamente 100 golos com 49 desafios realizados (2 golos/jogo).

O Benfica tem menos 18 golos apontados em igual fase das competições relativamente à época da conquista do último campeonato.

Embora ainda faltem vários jogos para o ponto final na temporada, por enquanto as diferenças desta para a anterior vão-se formando também nos golos sofridos.

Se em 2022/2023 a equipa sofrera 37 até ao jogo 49, em 2023/24 o jogo 49 traduz-se em 48 golos sofridos. Portanto, mais 11 golos. Em 2021/22 o número de golos sofridos com 49 jogos disputados fora de 55; em 2020/21 de 43 averbados e em 2019/20 de 51 golos aos 49 desafios. 

Frente ao Moreirense, o Benfica tem a chance de marcar o golo 100, mas a equipa deverá acertar o passo relativamente a dois parâmetros para os quais Schmidt tem alertado várias vezes publicamente, em conferências de imprensa, e que na realidade sustentam o sucesso ou o insucesso das equipas — altos índices de eficácia na concretização e capacidade para manter a baliza inviolável.

Os protagonistas

A época do Benfica também tem sido marcada pela indefinição na frente do ataque apesar de existirem três pontas de lança no plantel: Casper Tengstedt, Arthur Cabral e Marcos Leonardo. Tengstedt transitou da última época, Arthur Cabral foi comprado no início desta por €20 milhões e Marcos Leonardo chegou em janeiro a troco de €18 milhões.

Mas os goleadores da época dos encarnados não têm sido os pontas de lanças mas sim o versátil atacante Rafa, que tem 20 golos em 48 jogos, e o extremo argentino Di María, que soma 16 golos em 43 desafios. O peso dos golos dos pontas de lança para a iminência da centena de golos marcados é menor — Tengstedt tem três golos apontados, Arthur Cabral marcou 10 e Marcos Leonardo cinco.

A última vez que um dos três pontas de lança dos encarnados marcou um golo foi no 1-0 ao Casa Pia, por Arthur Cabral (na jornada 26, há quatro jogos).

Aliás, dos últimos 24 golos marcados pela equipa frente a Marselha, Sporting (3 encontros), Chaves, Casa Pia, Rangers (2 jogos), FC Porto, Portimonense, Tolouse (2 jogos), Vizela e V. Guimarães, somente quatro pertenceram aos goleadores de serviço — Cabral marcou ao Casa Pia e ao V. Guimarães, Marcos Leonardo marcou a Estoril e Vizela.