Sporting Quenda, Gyokeres, as mudanças e Nuno Santos: tudo o que disse Tiago Teixeira
Adjunto de João Pereira fez a antevisão ao jogo com o Amarante, pois o treinador principal ainda está impedido de falar
— Como estão a encarar este jogo frente ao Amarante?
— Estamos muito entusiasmados e motivados, principalmente porque o primeiro jogo vai ser em Alvalade. Estamos preparados para este novo desafio. Sabemos que estas equipas num contexto de Taça tendem a fazer coisas diferentes, tentam superar-se. Mas acho que vamos encontrar um Amarante muito semelhante ao que tem sido na Liga 3. O próprio treinador também referiu isso. Querem deixar uma boa imagem, mas não vão fugir muito daquilo que têm sido. Estão neste momento em segundo na sua série da Liga 3. Têm o melhor ataque e o melhor marcador. Tivemos a preocupação de os analisar bem e Sabemos que têm jogadores rápidos na frente, têm dinâmicas vincadas. Podem jogar em dois sistemas ofensivos, muitas vezes com jogo direto, muitas vezes com cruzamentos em zonas mais recuadas. Defensivamente também têm algumas dinâmicas. Sabemos que se calhar para este jogo vão querer apresentar coisas novas, mas estaremos certamente preparados por isso.
— João Pereira disse na apresentação, que não vai querer copiar Ruben Amorim. Gostava de lhe perguntar o que é que vai mudar relativamente à equipa técnica anterior. que é que vocês podem prometer aos adeptos sportinguistas, e se há aqui algum fator em que querem ser diferenciadores, nomeadamente, e tem se falado muito das bolas paradas da equipa, se é também aquilo algo que querem melhorar?
— É uma situação impossível de copiar, as pessoas são diferentes, a equipa técnica é diferente, as próprias dinâmicas são diferentes. Será certamente um exercício para fazer no final do jogo, tentar identificar alguma diferença. Claro que uma equipa que está numa fase muito boa, com dinâmicas muito boas, seria um erro tentar alterar tudo. Claro que nós também temos uma ideia, a nossa ideia tem coisas semelhantes à anterior, mas pouco a pouco vai haver algumas diferenças.
— Tiveram muitos jogadores ao serviço das seleções. Gyokeres, por exemplo, cumpriu 180 minutos. Vai jogar de início ou vão gerir esta questão. Há algum jogador limitado fisicamente?
— A limitação neste momento só que saibamos, porque ainda não estivemos com todos os jogadores, só agora no treino à tarde é que vão chegar os últimos jogadores das seleções, só o Debast é que vai estar indisponível, mas esperamos contar com ele para o próximo jogo. Os outros jogadores que ainda não estiveram presentes durante estes treinos, só poderemos avaliar no treino da tarde e vamos ter de fazer alguma gestão em função da utilização que estes mesmos jogadores tiveram na seleção.
— Tendo em conta o contexto de terem chegado agora à equipa principal, mesmo sendo um jogo de Taça, vão existir muitas mexidas ou vão apostar numa equipa que esteja mais consolidada?
— O onze provável ainda não posso adiantar porque ainda não chegaram todos os jogadores, mas será certamente em função do que aconteceu nestas últimas semanas, os jogadores que estiveram mais tempo connosco, os que foram chamados à seleção e alguns fizeram dois jogos a 90 minutos. Temos de conseguir gerir os jogadores, temos de também dar minutos aqueles aos jogadores que não tiveram os minutos até agora, vai ser uma gestão cautelosa porque queremos ter todos os jogadores disponíveis para todos os jogos.
— Outra questão está relacionada com Quenda , que foi um jogador que esteve muito em foco nos últimos dias, como é que acompanharam toda a situação do facto daquela publicação que gerou a polémica e se tendo de ser um jogador tão jovem, se tiveram um acompanhamento especial?
— O Quenda é um jogador especial. É rara a seleção que tem jogadores de 17 anos. Para nós é um motivo de orgulho ter um jogador de 17 anos na Seleção Nacional. Em relação a isso, a única vez que falei com o Quenda foi no treino de ontem, foi só para saber se estava tudo bem com ele. Estando tudo bem, ele tem compromisso total com o Sporting, seja o Quenda ou seja outro jogador, quando são chamados à Seleção Nacional, podem jogar ou podem não jogar, têm de estar preparados para isso. o Quenda certamente tem a qualidade que ele tem, tem muita qualidade, se não jogou agora, vai certamente jogar no futuro.
— Gyokeres está fazer uma época espantosa. O Sporting está preparado para o perder em janeiro?
— Nós estamos preparados para recebê-lo hoje para treinar pela primeira vez. Estamos muito contentes por o termos cá, ele certamente também está muito contente pela época que está fazer. a representar o Sporting, a representar a seleção, está muito contente por estar cá e o que nós queremos é contar com ele o máximo tempo possível.
— A preparação para este jogo está já relacionada com o Arsenal? Hjulmand, por exemplo, fez 180 minutos pela seleção e Morita fez uma viagem longa. Vão gerir com especial cuidado esta questão do meio-campo?
— Em primeiro lugar, não há jogos fáceis, a nossa preparação com o Amarante é a mesma que será para o próximo jogo, seja com o Arsenal, com o Santa Clara, com outro adversário, respeitamos todos os adversários de igual maneira e o objetivo também será sempre o mesmo. O objetivo desta eliminatória também é passar à ronda seguinte, porque temos o objetivo final de conquistar a Taça de Portugal. Em relação à preparação para este jogo, como já tinha referido, tem muito do que aconteceu esta semana, pois tivemos apenas temos 7 ou 8 jogadores, se não estou em erro, do plantel disponível e temos de fazer essa gestão, não só com o Morten Hjulmand, mas também com todos os outros. No caso do Diomande, por exemplo, não teve minutos no último jogo, mas têm viagens muito desgastantes; o Morita também não jogou no último jogo, mas são viagens muito longas, tudo pesa na escolha e pensamos apenas jogo a jogo. Irão a jogo os que estiverem mais preparados. A partir de sábado pensaremos no próximo.
— Vários jogadores do Sporting têm sido preteridos na Seleção Nacional. Como vê a relação do clube com o selecionador nacional?
— O que nós esperamos é que os jogadores continuem a ser convocados, porque é fruto do trabalho realizado nos clubes, não só na seleção principal, como também nas seleções de formação. Aliás, creio que já não acontecia há muito tempo de termos tantos convocados para todas as seleções. É um motivo de orgulho para nós, depois isso são opções do selecionador, não nos cabe a nós dizer se é bem ou se é mal, são apenas opções deles, como nós as nossas opções nos clubes. Os selecionadores têm de escolher as e os jogadores têm de estar preparados para jogar ou para não jogar.
— Mas Quenda foi convocado para a Seleção Nacional e não jogou. Não fazia mais falta no Sporting?
— O Quenda, como o Trincão, como todos os outros, como o Morita.. O que nos preocupa muitas vezes é quando os jogadores são chamados e sabemos que os treinos das seleções não têm a carga muitas vezes que nós desejaríamos, porque são treinos mais de gestão e acabam se calhar uma semana e meia sem treinar e sem jogar, isso se calhar é mais preocupante. Por isso é que o onze que vai começar amanhã será baseado nisso, nos jogadores que estiveram a trabalhar connosco e nos minutos e treinos que os jogadores tiveram em todas as seleções.
— Já disse que falou ontem com Quenda. Que 'feedback' teve do jogador?
— Em relação ao Quenda é um jogador que já esteve connosco. Não esteve connosco só agora, já é uma relação que já tem algum tempo… E é um jogador jovem, é natural, não só para os jovens quando vão à Seleção e não conseguem ter minutos, neste caso os primeiros minutos, que fiquem frustrados. Mas isso faz parte dos jogadores que ficam no banco. Em todos os jogos também certamente que ficam frustrados por não poder dar o seu contributo à equipa, isso é perfeitamente normal.
— Esta equipa técnica está a entrar num momento muito bom do Sporting. Esse fator não vos condiciona?
— Em relação a nós, enquanto equipa técnica, no futebol não existem timings perfeitos ou ideais, apenas temos de estar preparados para este desafio e a nossa preparação não começou há duas semanas, começou há muito tempo atrás.
— Acha que a suspensão de oito jogos aplicada a Nuno Santos é justa? Falaram com o jogador?
—Sim, tive a oportunidade de falar com o Nuno no primeiro dia, mas sobre a lesão, sinceramente é isso que nos preocupa mais agora, é que ele a recupere bem, que a recupere o mais rápido possível, porque é muito importante para nós e para o grupo. Em relação ao castigo, isso é um assunto para o departamento jurídico...
— Mas,pessoalmente, acha que é um castigo que se ajusta?
— Não tenho qualquer opinião sobre isso, sinceramente esse castigo agora também não influência o que está a acontecer com o Nuno, o que preocupa é mesmo a lesão grave que ele teve.