Benfica «Beltrán cresceu na companhia de Álvarez»

Lucas Beltrán cresceu nas escolinhas do Instituto de Córdoba (que ainda tem uma pequena percentagem do passe). Por volta de 2016, juvenil, destaca-se num jogo contra o River nas categorias e os millonários não perderam tempo: Foi contratado de imediato.  Na reserva foi orientado por Luigi Villalba. Foi ele quem lhe ensinou a maioria das movimentações ofensivas, mas sobretudo a recuar quando é preciso recuperar a bola. E essa foi uma das suas maiores evoluções. Problema idêntico ao que tinha Julián Álvarez (agora no City), com quem jogou e de quem é grande amigo.

Quando acabou a etapa da formação e como não tinha espaço na equipa principal foi emprestado por um ano ao Colón. O que lhe fez muito bem. Fez muitos jogos quase sempre como titular e soltou a veia goleadora. Foi um empréstimo bem sucedido face à evolução que teve, tendo aprendido a movimentar-se, a desmarcar-se, a procurar o espaço para o golo.

Na sequência da venda de Julián Álvarez para o Manchester City, o River não teve dúvidas em recuperá-lo. Necessitava de um avançado, porque Suárez apresentava problemas físicos e Beltrán foi o eleito. E foi, desde logo, uma das figuras da equipa que venceu o campeonato sob a orientação de Marcelo Gallardo, juntamente com jogadores como Aliendro, Barco e González Pires. Tem-se revelado um jogador que sabe movimentar-se muito bem na zona mais ofensiva e tem uma definição muito boa, mas também sabe procurar o espaço correto no terreno quando tem de movimentar-se sem bola ou para aguardar que os companheiros lhe coloquem a bola.

É costume dizer-se que os pontas de lança têm de ser egoístas, mas Beltrán é um jogador que se movimenta muito bem e associa-se no jogo coletivo, algo que o treinador Di Michelis tem incutido com sucesso no River. E nesse sentido Beltrán também encaixou perfeitamente no estilo de jogo de Di Michelis. Tem uma particularidade que ainda precisa melhorar, por vezes custa-lhe definir de primeira, procura ganhar espaço para se enquadrar melhor. Mas claramente que tem sido uma das figuras da equipa e é um avançado difícil de marcar não tanto pela capacidade física, mas principalmente pela capacidade para procurar o lugar certo para visar a baliza.

Beltrán tem passaporte italiano e como não jogou ainda pela seleção, há indicações que Mancini o tem seguido e equaciona convocá-lo para a Itália. Mas o avançado ainda não respondeu se caso fosse convidado por Itália iria aceitar.