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Avançado marcou poucos segundos depois de entrar, num jogo em que os neerlandeses poderiam ter ganho de forma mais confortável
Franceses querem título que escapa desde 2000 e não se espera nada menos do que uma vitória convincente; austríacos querem pressionar adversários e estão em boa forma, sob o comando de um treinador considerado, por alguns, como um revolucionário
França e Áustria fecham a 1.ª jornada do Grupo D do Euro 2024 esta segunda-feira, numa partida marcada para as 20.00 horas, em Dusseldorf, na Merkur Spiel Arena.
As equipas vão entrar em campo após a vitória dos Países Baixos (2-1) sobre a Polónia no outro jogo do grupo, o que coloca os neerlandeses em boa posição para discutirem o apuramento para os oitavos de final até ao fim.
16 junho 2024, 15:57
Avançado marcou poucos segundos depois de entrar, num jogo em que os neerlandeses poderiam ter ganho de forma mais confortável
Curiosamente, o histórico de confrontos entre França e Áustria é mais equilibrado do que se poderia pensar. Os gauleses venceram 13 de 25 encontros e perderam outros nove; e as duas equipas marcaram quase os mesmos golos nestes jogos – 42 para França e 41 para Áustria.
Mas se se pudesse definir este duelo numa só palavra, seria pressão. De um lado, pelo favoritismo de ganhar tudo, do outro, pela filosofia de jogo que se pretende pôr em prática.
Ralf Rangnick tem feito um trabalho competente na Áustria, dando sequência a uma fase em que a seleção se qualifica para o terceiro Campeonato da Europa consecutivo, e em que se vai cimentando como uma equipa que tenta disputar qualquer jogo que tenha.
Visto por muitos como um dos principais cérebros do futebol alemão moderno, Rangnick é um preconizador do gegenpressing: a tática (popularizada por Jurgen Klopp) e que resulta numa equipa pressionante em todo o terreno, sobretudo após a perda de bola. E Rangnick está comprometido em fazer um bom Campeonato Europeu, uma vez que até recusou ir para o Bayern para continuar nesta jornada.
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Esta filosofia teve ótimos resultados no apuramento para o Europeu, com a Áustria a ficar no 2.º lugar do grupo de apuramento a apenas um ponto da Bélgica, com quem teve a única derrota. Nos particulares deste ano, a equipa ganhou a Alemanha, Sérvia e Turquia, e só perdeu por uma vez desde novembro de 2022.
O ex-treinador de RB Leipzig e do Man. United costuma usar um 4-2-3-1 que, para além da pressão, aposta em transições rápidas e num ritmo muito intenso. Mas, para este Grupo D, tudo terá de correr de feição aos austríacos – que não poderão contar com David Alaba – para terem hipóteses de sonharem com os oitavos de final.
A figura: Marcel Sabitzer
Um pouco como Griezmann na França, Sabitzer é um jogador quase indispensável para fazer toda a sua equipa funcionar. Forte tanto a atacar como a defender, pode jogar como médio de construção, médio ofensivo ou até como extremo – dependendo do que cada adversário e momento do jogo pedir. Laimer (do Bayern), Baumgartner e Gregoritsch também serão importantes.
«A França tem muita qualidade, mas não nos vamos esconder. Eles devem ter a melhor equipa, em termos individuais, do Euro, por isso, temos de jogar como equipa e aproveitar as oportunidades. Estou convencido de que o conseguimos fazer.»
Onze provável: Patrick Pentz; Lainer, Querfeld, Danso, Mwene; Seiwald, Grillitsch; Laimer, Baumgartner, Sabitzer; Gregoritsch.
Tudo o que não termine com Kylian Mbappé a levantar a Taça Henri Delaunay a 14 de julho, em Berlim, será visto como uma desilusão para os franceses. É com esta mentalidade que a França encara este torneio e, como tal, o seu primeiro jogo no Euro 2024.
O registo recente em grandes torneios também é indicativo deste favoritismo, uma vez que les bleus chegaram à final em três dos últimos quatro (Euro 2016 e Mundial 2018 e 2022).
Esperando que o vírus que afetou a equipa já tenha passado, há algumas questões em relação ao onze inicial que Didier Deschamps vai decidir: Giroud ou Thuram na frente de ataque? Koundé ou Clauss na lateral direita? De resto, Upamecano deverá ficar com o lugar de Saliba na defesa, após as críticas públicas que o selecionador fez ao jogador do Arsenal.
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Para além destas dúvidas, quem tem Mbappé e Griezmann tem quase tudo. O futuro jogador do Real Madrid é como que um predador à solta, sobretudo nestas competições, onde parece sempre ter motivação extra para fazer a diferença. Já o jogador do Atlético Madrid é um verdadeiro maquinista nesta equipa, desde a organização de jogo à criação de oportunidades de golo.
Deschamps tem ainda a motivação de, neste Europeu, se tornar na segunda pessoa a vencer o torneio como jogador e como treinador, depois de ter capitaneado a seleção francesa no triunfo de 2000. O único a conseguir este feito foi Berti Vogts, jogador da República Federal Alemã no título de 1972 e treinador do triunfo germânico de 1996.
A figura: Kylian Mbappé
Não dá para fugir ao brilhantismo de Mbappé. Depois de uma época com 44 golos marcados e 10 assistências somadas em 48 jogos pelo PSG, é de longe a maior figura dos gauleses. Curiosamente, ainda procura o seu primeiro golo em Europeus, depois de ter ficado a zeros no Euro 2020.
Onze provável: Maignan; Koundé, Upamecano, Konaté, Theo Hernández; Tchouaméni, Griezmann, Rabiot; Dembélé, Giroud, Mbappé.