Bruno Lage elogia regresso do argentino diante do Gil Vicente
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WALKER JOAO FELIX BALNEARIO
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Gil Vicente-Benfica, 0-3 Aursnes aprendeu lição a custas próprias: as notas dos jogadores do Benfica

NACIONAL28.03.202522:56

Norueguês desperdiçou ocasião soberana para inaugurar o marcador, mas à segunda não perdoou; bem acompanhado por toda a equipa na primeira parte, e por António Silva todo o jogo

O melhor em campo: Aursnes (7)

Falhou à primeira, não falhou à segunda. Logo ao terceiro minuto, dispôs de ocasião flagrante para inaugurar o marcador, após bela desmarcação e passe brilhante de Amdouni. Só que recebeu um pouco para a frente, Andrew reagiu bem e já não teve ângulo para evitar a mancha do guarda-redes do Gil Vicente. Mas aprendeu a lição. Aos 22', de novo com leitura brilhante de jogo, apareceu no sítio certo para responder ao centro da esquerda de Bruma, e dessa vez nem tentou dominar — disparou de primeira para inaugurar o marcador. Sempre muito em jogo, e com papel importante na primeira linha de pressão, juntando-se a Belotti para importunar os centrais contrários, voltou a ser decisivo nos minutos finais, com o passe que lançou Di María na área no lance do penálti que valeu o 3-0.

6 Trubin Chamado ao jogo a frio, com cabeceamento de Pablo no coração da área logo aos 6 minutos, respondeu com bela defesa, evitando que o Gil inaugurasse o marcador. Foi o único remate da equipa da casa na primeira parte e só voltou a intervir na compensação, afastando um centro venenoso da direita. Na segunda teve um pouco mais de trabalho — uns cruzamentos para segurar, um remate à figura, umas saídas atentas —, mas sem dificuldades de maior.

6 Tomás Araújo Excelente entrada em jogo, com papel ativo na criação do primeiro lance de perigo do Benfica, logo aos 3’, solicitando Amdouni, que colocou Aursnes na cara do golo. Logo a seguir, mais uma boa subida pelo flanco direito e um centro atrasado ao qual Belotti não chegou. Mas ia borrando a pintura aos 6’, esquecendo-se de subir para deixar Pablo fora de jogo e permitindo ao avançado do Gil visar a baliza de Trubin, que respondeu com bela defesa. A partir daí foi menos desequilibrador a atacar, mas nunca deixou de procurar zonas avançadas... até que não aguentou mais, fechando a loja aos 55 minutos. 

7 António Silva É verdade que deixou Pablo fugir nas costas para o único remate do Gil na primeira parte, mas não foi ele o responsável — subiu, bem, para deixar o ponta de lança em fora de jogo, mas não foi acompanhado por Tomás Araújo. Batalhou intensamente com o homem de área do Gil e ganhou muito mais do que perdeu. Juntou a isso várias compensações preciosas e cortes decisivos, o mais importante dos quais aos 71’, tirando centro atrasado que convidava remate de primeira. Como se não chegasse, ainda subiu à área para um livre de Kokçu e assistiu Belotti para o 2-0 das águias. 

6 Otamendi Para quem jogou 180 minutos pela Argentina e fez apenas um treino depois de voltar da América do Sul, nada melhor que uma primeira parte bem descansada, de atenção permanente mas sem muito trabalho. A segunda foi um pouco mais intensa, mas Otamendi controlou sempre bem o seu raio de ação, numa noite tranquila. 

6 Carreras Está no lance do primeiro golo do Benfica — foi ele quem fez chegar a bola a Bruma no corredor esquerdo —, mas foi muito menos influente no ataque do que em outras ocasiões, ou do que Tomás Araújo no outro flanco. Compensou com acerto quase total a defender, e na segunda parte, quando o Gil deu sinal de vida, teve de o fazer pelo outro lado. 

5 Florentino Seguro a defender, mas novamente com alguns erros na circulação de bola — nenhum tão grave como no encontro anterior, frente ao Rio Ave. Escusado o amarelo já na compensação, e que o deixa em risco para o clássico com o FC Porto — fica proibido de ver novo cartão na receção ao Farense, na quarta-feira. 

6 Kokçu Menos exuberante que noutras noites, mas altamente influente, fosse a pautar o jogo do Benfica, sobretudo na primeira parte, fosse a criar o segundo golo das águias, ao bater um livre exemplar que permitiu a António Silva assistir Belotti. Também tentou o livre direto, ainda na primeira parte, mas Andrew respondeu bem. Falhou alguns passes, mas esteve muito bem a defender, incluindo desarme a lançar Di María para a primeira ocasião do argentino.

6 Amdouni Excelente entrada em jogo, colocando Aursnes na cara do golo logo no terceiro minuto, com bilhante passe de primeira, e remate ameaçador de pé esquerdo, aos 5’. Trabalhou muito defensivamente, e teve alguns roubos de bola importantes, mas foi perdendo influência no ataque com o passar dos minutos e acabou por ser o primeiro jogador de quem Bruno Lage abdicou, até para ter à direita alguém que apoiasse de outra forma o adaptado Samuel Dahl. 

6 Bruma Estava a ter exibição discreta quando, aos 22 minutos, fugiu pela esquerda e, com dois gilistas por perto, encontrou o ângulo para um passe atrasado perfeito, convidando Aursnes a inaugurar o marcador. A assistência deu-lhe confiança e acabou a primeira parte com sinal mais, e dois remates de algum perigo, mas no segundo tempo foi-se apagando.

6 Belotti Titular em vez de Pavlidis (única alteração em relação ao onze que iniciara a partida com o Rio Ave), esteve pouco em jogo nos 45 minutos iniciais, mas na primeira ocasião de que dispôs, já a abrir a segunda, não perdoou — desvio oportuno de cabeça a responder a passe, também de cabeça, de António Silva, com tantas ganas que foram bola, guarda-redes e ele próprio para o fundo das redes. Foi pouco? Foi o que era preciso.

5 Samuel Dahl — Entrou para lateral-direito, como já tinha acontecido na receção ao Barcelona, também por lesão de Tomás Araújo, e sentiu algumas dificuldades — foi pelo seu flanco que o Gil conseguiu arrancar as poucas investidas que deram sinal de vida no segundo tempo. Teve uma falha potencialmente comprometedora aos 64’, mas foi salvo por António Silva.

5 Akturkoglu — Foi a jogo para dar mais apoio a Dahl do que aquele que Amdouni estaria então em condições de proporcionar, e cumpriu essa missão, mas faltou-lhe mais serenidade e eficácia a atacar. 

6 Di María — Regresso muito saudado à competição em Barcelos, e com pormenores que mostram quão importante ainda pode ser para a equipa do Benfica nesta reta final da temporada: arrancada e remate em jeito aos 78’, um pouco ao lado; centro açucarado para Pavlidis aos 88’, a que o grego não chegou por centímetros; e, mesmo a acabar, o penálti sofrido e depois convertido com classe para fechar as contas do jogo. 

5 Pavlidis — Foi prejudicado pela forma como o jogo seguia, como o futebol do Benfica perdera propósito, e o melhor que conseguiu foi um remate de pé esquerdo para fora, aos 79’, após bom trabalho individual. 

(-) Renato Sanches — Oito minutos a frio, com o jogo resolvido, e sem oportunidade de deixar marca.