Antigo jogador dos dois clubes espera que o Sporting possa contrariar a tendência dos jogos grandes desta época
Esta segunda-feira há Sporting - FC Porto, um jogo que opõe as duas equipas que dividem a liderança do campeonato. A BOLA conversou com Augusto Inácio, antigo jogador de ambas as equipas, para perceber o que podemos esperar do clássico de onde pode sair o novo líder isolado da Liga Portugal.
Após cinco derrotas seguidas contra a equipa azul e branca, os leões esperam poder arrecadar, finalmente, uma vitória e isolarem-se no primeiro lugar da Liga. No entanto, a equipa de Sérgio Conceição acaba de se qualificar para os oitavos de final da Liga dos Campeões e tem subido de rendimento, e terá as mesmas pretensões de conquistar os três pontos em Alvalade e dormir na liderança no Natal. O antigo defesa espera uma partida renhida, que pode cair para qualquer um dos lados.
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— Como jogador que teve a oportunidade de representar tanto o Sporting como o FC Porto, qual foi a diferença que sentiu na abordagem e atmosfera desses jogos?
— É daquelas perguntas que os jogadores ou treinadores ou as pessoas dizem sempre que são jogos iguais aos outros, que valem todos três pontos, mas não é bem assim. Têm uma atmosfera diferente, é a semana toda a falar desse jogo porque a imprensa também sabe que são jogos diferentes e escreve mais sobre isso. Para nós jogadores, enquanto o jogo não começa, há sempre uma coisinha dentro que apela para que seja o mais rápido possível. [Diferença de um clube para o outro] A sensação que mais me marcou foi a seguir a sair do Sporting, quando fui para o FC Porto, tive um clássico e o impacto de jogar contra a equipa onde estive o ano anterior, é uma sensação diferente de tudo o resto.
No FC Porto, o craque é o treinador, Sérgio Conceição.
16 dezembro 2023, 09:00
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— Na sua opinião, quais são os principais fatores que contribuem para as dificuldades do Sporting em vencer adversários diretos, numa altura em que até parecem ter uma pujança diferente de épocas anteriores à vinda de Rúben Amorim?
— Se eu me lembrar daquele jogo no Estádio da Luz, em que o Sporting perde de uma maneira incrível… acho que fez tudo para ganhar esse jogo. Precisa, talvez, de acreditar mais em si para ganhar esses jogos. Mas nestes clássicos ou dérbis é sempre complicado fazer prognósticos. Não tem ganho, mas há-de chegar o dia em que vai ganhar. Olho para o Sporting e vejo uma equipa consistente e compacta. Perderam contra o Vitória de Guimarães, mas toda a gente sabe o que aconteceu. FC Porto tem tido altos e baixos, não sabemos que tipo de Porto o Sporting vai apanhar. É um jogo em que dá para qualquer uma das equipas ganhar ou empatar. Mas espero que seja desta que o Sporting ultrapasse esta malapata.
— Acha que existe alguma diferença notável nas táticas e estratégias adotadas pelo Sporting e por Rúben Amorim em jogos contra adversários diretos?
— Não, o Sporting vai jogar sempre da mesma forma, com algumas nuances claro, no 3x4x3 de sempre. Pode haver variantes, mas o estilo é aquele. O Porto varia mais, joga no 4x4x2 e Sérgio Conceição não tem medo de colocar Evanilson e Taremi ao mesmo tempo em jogos grandes, a equipa está muito rotinada nesse sistema. Mas também tem acontecido jogar só com um ponta de lança e mais um homem no meio-campo. Estou convicto que vai jogar com dois pontas porque é o que o Sérgio gosta mais de aplicar. As duas equipas têm sistemas diferentes e abordagens ao jogo diferentes, mas ambas podem chegar à vitória.
16 dezembro 2023, 09:45
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— As transferências recentes têm tido um impacto significativo na dinâmica das equipas, especialmente nos confrontos diretos? Que jogador pode fazer a diferença no dérbi?
— Claramente que Gyokeres é a transferência que salta mais à vista. O Sporting ganha uma outra dimensão ofensiva quando tem o Gyokeres, a equipa tem sempre apetência para fazer golos, mas parece que agora cria mais oportunidades para marcar. Diria que é a contratação da época, talvez de todos os clubes, a que mais tem marcado.
No FC Porto, o craque é o treinador, Sérgio Conceição. Às vezes, com tão pouco, consegue fazer muito. Nem sempre as exibições têm sido boas, mas o que interessa é que quando os clubes atravessam fases com exibições menos boas que ganhem ainda assim. Enfim, tem tido altos e baixos, mas quem esperava um Porto com dificuldades para ganhar ao Shakhtar e viu a exibição fica de pé atrás, porque afinal o Porto também sabe jogar muito. Mas não se sabe que porto vai entrar em alvalade.
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