Arbitragem não espera influenciar Supertaça: «Os plantéis conhecem as regras, é aplicá-las»
João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem, liderou a sessão teórica de arbitragem realizada na Cidade do Futebol. Foto: Federação Portuguesa de Futebol

Arbitragem não espera influenciar Supertaça: «Os plantéis conhecem as regras, é aplicá-las»

NACIONAL02.08.202422:10

Sessão teórica organizada pelo Conselho de Arbitragem da FPF, seguida de treino, decorreu na Cidade do Futebol; João Ferreira abordou com naturalidade a implementação das novas regras no clássico pela Supertaça

O auditório n.º 1 da Cidade do Futebol, em Oeiras, foi palco de uma sessão de trabalho promovida pelo Conselho de Arbitragem em parceria com a Federação Portuguesa de Futebol, liderada pelo vice-presidente do CA, João Ferreira, que não espera que a arbitragem e as novas regras implementadas, nomeadamente a obrigatoriedade de apenas os capitães de equipa se poderem dirigir ao árbitro, possam interferir no desenrolar da partida deste sábado.

«Estamos na nova época e tudo o que são alterações de leis de jogo e instruções, por assim dizer, elas entraram em vigor a partir de 1 de julho. Estamos a 2 de agosto, amanhã será o jogo [a Supertaça] e todas essas regras foram passadas aos plantéis, eles conhecem-nas e é, portanto, aplicá-las», declarou o ex-árbitro.

A sessão, que teve cerca de três horas de duração, promoveu um raro e salutar contacto entre árbitros e jornalistas, que puderam assistir ao treino realizado pelos juízes, tendo três deles concedido declarações à imprensa presente.

Um dos participantes no evento, Gustavo Correia, valorizou as perspetivas de evolução que este tipo de iniciativa proporciona aos árbitros nacionais. «Acima de tudo, quero melhorar as minhas capacidades, tanto físicas como no relacionamento com os jogadores e com as equipas, que é algo em que tenho melhorado bastante e algo que tem sido determinante na minha época», considerou o árbitro, que militará na primeira categoria em 24/25.

Já Andreia Sousa estreia-se como primeira mulher a fazer parte de uma equipa de arbitragem na Liga principal e mostrou positivismo relativamente à época que se aproxima. «Fazendo o mesmo que fazem os homens, tanto a nível teórico como físico, já nos possibilita estarmos aqui. O que seria para mim uma boa época? Estar isenta de lesões e, claro, ter a maior taxa de assertividade que possa ter na linha, nos foras de jogo e no trabalho da equipa», declarou, entusiasmada.

Tal como os seus dois colegas, Anzhony Rodrigues acredita numa temporada de bom valor, na qual possa cimentar a sua posição na máxima categoria da arbitragem nacional. «Espero, acima de tudo, uma época de afirmação, de também dar a conhecer o meu trabalho aos clubes e pessoas envolvidas neste processo da primeira Liga e que possa ser uma época positiva para encarar o futuro da minha carreira», antecipou, por fim.