Ao ritmo de Zalazar e na cabeça de Steven: destaques do SC Braga-Chaves
Médio uruguaio fez o golo do SC Braga, mas foi muito mais que isso, sendo o elemento mais inconformado da equipa de Artur Jorge; Steve Vitória foi seguro a defender e na bola parada fez a diferença.
No SC Braga, Matheus quase complicou nos minutos iniciais, numa saída de bola, mas conseguiu resolver. No decorrer do encontro manteve-se sereno, sem grandes sobressaltos e também sem ser colocado à prova pela equipa flaviense. Al Musrati é de uma calma ímpar em todas as ações, mesmo sendo o médio mais defensivo consegue efetuar cortes sem grande aparato, estando no sítio certo e depois mantém a serenidade nas saídas para o ataque, variando constantemente a bola de um flanco para o outro e no final falhou o golo da vitória, cabeceando ao lado. Serdar esteve perto de dar um golo ao Chaves, deixando o adversário aproximar-se, quando efetuava o passe, a bola embateu no oponente e por pouco não entrou na baliza do SC Braga. Ricardo Horta espalhou a sua classe habitual pelo relvado, sempre disponível para receber a bola e conduzi-la para zonas mais ofensivas, quer com acelerações, quer na tentativa de combinações com os companheiros de equipa. Apesar de ser o elemento do trio de apoio ao ponta de lança mais esquerda, teve liberdade para deambular por toda a largura do terreno de jogo, precisamente, para procurar criar oportunidades de golo. Cristián Borja não subiu pelo flanco muitas vezes, mas quando o fez conseguiu criar perigo, sendo dele o cruzamento para Abel Ruiz que depois resultou no golo do 1-0. Abel Ruiz não está claramente a atravessar o melhor momento, pois no lance golo falhou perante Hugo Souza, mesmo não sendo fácil e pouco depois tem uma perdida incrível de cabeça, estando completamente sozinho. Álvaro Djaló não teve uma noite particularmente inspirada, mesmo tendo uma boa oportunidade para fazer o golo, negada com uma bela intervenção do guarda-redes adversário. Joe Mendes fez o seu trabalho com qualidade, mostrando que é uma alternativa viável para Artur Jorge, com a equipa quase sempre no ataque apoiou bem e procurou cruzar conforme tinha espaço para isso.
As notas dos jogadores do SC Braga: Matheus (6); Joe Mendes (6), Serdar (5), Paulo Oliveira (5) e Cristián Borja (6); Al Musrati (6) e Zalazar (7); Álvaro Djaló (5), Pizzi (5) e Ricardo Horta (6); Abel Ruiz (5). Suplentes: Rony Lopes (-), Víctor Gómez (-) e Ndour (-).
A figura: Rodrigo Zalazar (nota 7).
É de uma disponibilidade física impressionante, mas o seu futebol é muito mais que isso, vai acelerando e conduzindo a bola de trás para a frente, mantendo a certeza no passe. Autor do golo dos bracarenses, com um sentido de oportunidade muito bom, após ter acompanhado o ataque que se desenrolou pelo lado esquerdo. Um jogo de enorme qualidade do médio uruguaio que se vem revelando como uma das grandes contratações do SC Braga e do campeonato português. Joga, faz jogar e puxa pelos companheiros de equipa.
Pelo Chaves, Júnior Pius foi dos centrais que esteve mais em ação e foi conseguindo gerir bem as investidas dos atacantes bracarenses, sempre com um estilo pouco ortodoxo, mas ao mesmo tempo eficaz. Hugo Souza efetuou uma grande defesa a meio da primeira parte para evitar o golo dos bracarenses e sempre que foi chamado a intervir mostrou eficácia, tendo feito ainda mais algumas boas defesas no 2.º tempo, sendo que no golo evitou a primeira emenda e depois não teve hipóteses. João Correia foi fazendo os seus ‘sprints’ pela ala direita do Chaves, muito aberto quando a equipa saía para o ataque e depois a juntar-se aos centrais no momento defensivo, pois os movimentos de Horta para o centro exigiam isso mesmo. Hector Hernández praticamente não se viu durante toda a partida, uma missão inglória, muito sozinho na frente de ataque e sem que a bola lhe chegasse em condições para poder criar algum tipo de perigo. Guima é o pulmão do meio-campo da equipa transmontana e assim o fez, demonstrando enorme capacidade para fechar os espaços no momento defensivo e tentando aproximar-se da área adversária sempre que possível. Rúben Ribeiro não teve sequer oportunidade de colocar o seu futebol em prática, mais atento às tarefas defensivas e fez algumas faltas de frustração, sendo que uma lhe valeu mesmo o amarelo. Vasco Fernandes jogou ao centro do trio do eixo defensivo, comandando os companheiros de setor como gosta de fazer, dando instruções constantes e muito atento a tudo o que os oponentes iam fazendo, demonstrando segurança nas várias ações que efetuou ao longo do jogo.
As notas dos jogadores do Chaves: Hugo Souza (6); Steven Vitória (6), Vasco Fernandes (5) e Júnior Pius (5); João Correia (5), Raphael Guzzo (5), Guima (6) e Sandro Cruz (5); Kelechi (4), Rúben Ribeiro (5) e Hector Hernández (5). Suplentes: Bruno Langa (4), Benny (4), Sanca (4), Paulo Victor (4) e Cafu Phete (-).
A figura: Steven Vitória (nota 6).
O central dos flavienses fez o golo que deu o empate a uma bola, na sequência de um canto, impondo-se no jogo aéreo que é uma das suas características mais fortes e a nível defensivo esteve concentrado e sempre pronto a cortar os lances de ataque dos arsenalistas.