António Oliveira reclama da pressão exagerada no Corinthians: «As pessoas não têm paciência»
António Oliveira, treinador do Corinthians (IMAGO / TheNews2)

António Oliveira reclama da pressão exagerada no Corinthians: «As pessoas não têm paciência»

INTERNACIONAL28.04.202423:53

Técnico português reagiu à vitória por 3-0 sobre o Fluminense, que acabou com um ciclo de maus resultados

O Corinthians, de António Oliveira, pôs fim, este domingo a um ciclo de quatro jogos sem vencer ao bater, em casa, o Fluminense por 3-0. No final da partida falou daquela que foi, como descreveu, uma «semana de clube grande».

«Jogar num clube desta dimensão tem cobrança, mas é necessário as pessoas entenderem em que momento vivemos. Se as pessoas forem intelectualmente honestas nas análises, vão ver. Temos jogadores a conhecerm-se, eu mesmo estou. A reestruturação que é feita no clube, geram desconforto e algum caos até chegar a estabilidade, mas as pessoas não têm paciência. O que querem é que, ao fim do jogo, tenhamos um golo a mais», lamentou o técnico português.

António Oliveira ainda aproveitou para dar um 'puxão de orelhas' aos jornalistas devido a notícias que classificou como «mentirosas»: «O que me deixa triste é a quantidade de notícias falsas. Isso é o que se deve mudar no futebol brasileiro. Deste lado tem pessoas, não animais. Quando dizemos algo, é preciso cuidado. Foram três jogos sem resultado [o Corinthians perdeu 3 vezes seguidas], mas temos de perceber que os jogadores sempre deram tudo».

O técnico português falou também sobre a situação de Cássio, experiente guarda-redes e capitão do Corinthians que foi muito críticado na última partida e, para enfrentar o Fluminense, ficou no banco de suplentes: «Eu já tinha falado de saúde mental no jogo contra Atlético Mineiro e as pessoas devem ter atenção. Andam a bater e depois quando as coisas acontecem têm pena. Agora já é tarde. Os mesmos que têm pena são os que carregaram. O Cássio não é culpado de nada, estamos aqui para ajudar, ele vai voltar forte, temos de olhar sempre para o ser humano»