ANTEVISÃO Portimonense-Estoril: ambos querem meter a primeira
Algarvios ainda não venceram em casa nesta temporada e os estorilistas estão na mesma situação, na condição de visitantes
Há algum paralelismo entre as duas equipas, até ao momento. O início não foi o melhor para ambas, mas aos poucos têm tentado arrepiar caminho, estando o Portimonense melhor nesse objetivo. Olhando para os últimos cinco jogos, o Portimonense perdeu dois – com o Benfica e o FC Porto - e venceu outros dois (Vizela e Covilhã, este para a Taça de Portugal) e um empate com o Estrela da Amadora. O Estoril regista duas derrotas, com o Benfica e o V. Guimarães (ambas nos descontos…) e tem dois triunfos, com o Leixões (Taça da Liga) e o Sintrense (Taça de Portugal) e um empate com o Vizela… consentido igualmente nos descontos. Além disso, ambas procuram a primeira vitória, em casa no caso dos algarvios, e fora, em relação aos canarinhos.
O Portimonense sofre golos há nove jogos e marcou e sofreu golos em todos os jogos realizados em casa. Apesar das melhorias que vem evidenciando nos últimos jogos, nos seis últimos realizados na Liga, o Estoril só somou um ponto e fora de casa marcou e sofreu golos nos quatro jogos disputados. Outro dado negativo nos registos fora de portas dos canarinhos é que não venceram os últimos 16 jogos realizados nessa condição, tendo perdido 14 dos últimos 15.
O histórico de confrontos entre as duas equipas regista 59 confrontos, com vantagem da equipa estorilista, que soma 25 vitórias, contra 20 dos algarvios. Realizaram-se 18 jogos no principal escalão do nosso futebol, com cinco vitórias do Portimonense, cinco empates e oito triunfos do Estoril. Na totalidade de confrontos, no Portimão Estádio, o Portimonense apresenta vantagem: 14 vitórias em 30 jogos com 10 triunfos da equipa canarinha. Nos oito últimos jogos o Portimonense só ganhou um: 0-1 na época passada, na Amoreira, e o Estoril Praia não perdeu nas quatro últimas deslocações a casa do Portimonense. De registar ainda que nos oito últimos jogos entre as duas equipas no Algarve, o Portimonense só ganhou um: 2-1 em 2009-2010, na 2.ª Liga.
PORTIMONENSE
Os algarvios atravessam bom momento, apesar da derrota no Dragão, na 8.ª jornada do campeonato, resultado que fica ‘entalado’ por dois triunfos, em Vizela e na Covilhã, este para a Taça de Portugal. Paulo Sérgio tem consolidado a sua equipa num esquema com três centrais, que muda daí para a frente, consoante os adversário: uma linha de cinco e dois avançados aberto, ou quatro no meio e três no ataque.
Sistema: 3x4x3
Onze provável: Vinícius Silvestre; Pedrão, Alemão e Relvas; Igor Formiga, Dener, Carlinhos e Gonçalo Costa; Jasper, Ronie Carrillo e Hélio Varela
Lesionados: Kosuke Nakamura, Paulo Estrela, Ricardo Sousa e Luan Campos
Figura: Gonçalo Costa. A par do capitão Carlinhos tem sido dos mais influentes na equipa algarvia. O lateral esquerdo vive um dos melhores momentos da carreira, tendo agarrado a titularidade, depois de uma época ‘atrasada’ por algumas lesões. Na Covilhã, para a Taça de Portugal, estreou-se a marcar com a camisola do Portimonense, numa exibição de bom nível. No campeonato regressa agora com o Estoril, depois de ter falhado o jogo com o FC Porto, por castigo.
Treinador: «Melhor fora do que em casa? Sim, mas também é de referir que em sete jogos tivemos cinco fora e dois em casa. E um deles com o Benfica. Cinco fora e três em casa também tem o seu peso. De qualquer das formas, e independentemente de qualquer análise e esse detalhe, o propósito é só um, é conseguirmos provar que estamos a crescer como equipa e conseguir fazê-lo através de um bom resultado. O Estoril? O que me diz é aquilo que tem sido a sua performance e nós fomos analisar tudo o que tem estado a ser feito com o Vasco (Seabra) e as coisas estão identificadas, já fizemos o nosso trabalho de casa. Preparámo-nos para aquilo que, muito provavelmente, o jogo vai oferecer. Confiantes, mas com todo o respeito pelo adversário, porque aquilo que é a classificação não me diz rigorosamente nada, neste momento»
Paulo Sérgio, treinador do Portimonense
Contratado no final de setembro para substituir Álvaro Pacheco, Vasco Seabra leva quatro jogos como timoneiro dos canarinhos, com duas derrotas no campeonato e duas vitórias nas taças, da Liga e de Portugal. As duas derrotas, com o V. Guimarães, fora, e com o Benfica, em casa, aconteceram nos instantes finais dos jogos (nos descontos), mas em ambos os jogos o Estoril melhorou em termos exibicionais e de combatividade.
Sistema: 3x4x3
Onze provável: Marcelo Carné; Bernardo Vital, Volnei Feltes e Pedro Álvaro; Rodrigo Gomes, Mateus Fernandes, Jordan Holsgrove e Tiago Araújo; Rafick Guitane, Alejandro Marqués e Heriberto Tavares
Lesionados: Cabaco, Mandala e Harouna Sy
Figura: Rafik Guitane. Com a chegada de Vasco Seabra ao comando da equipa canarinha, o extremo francês de 24 anos adquiriu estatuto de titular e tem correspondido à aposta do treinador. Guitane é tem mobilidade e é importante nas manobras ofensivas da equipa e no desdobramento do sistema tático. Confiante, atravessa um bom momento de forma e tem um golo e uma assistência nesta temporada.
Treinador: «Mais do que estarmos preocupados ou concentrados na posição que ocupamos neste momento, sabemos até onde queremos ir e que temos um caminho claro para percorrer e sabemos que só temos uma hipótese de conseguir jogar para vencer, que é estarmos no nosso melhor, nos nossos limites e a 100% das nossas capacidades. Se o Estoril tivesse sofrido golos nos primeiros dez minutos de cada jogo e perdido por dois ou três golos de diferença, ninguém falaria dos últimos minutos. O que sentimos é que estamos num campeonato extremamente competitivo e difícil e temos confiança nos nossos jogadores e eles no processo. Portanto, os últimos momentos do jogo são iguais aos primeiros.»
Vasco Seabra, treinador do Estoril