Adeus de Eusébio foi há 50 anos
29 de março de 1975, último jogo oficial de Eusébio pelo Benfica: 4-0 ao Oriental, na Luz.
Há exatos 50 anos, a 29 de março de 1975, Eusébio realizava o último jogo oficial com a camisola do Benfica. Os encarnados, orientados por Milorad Pavic, defrontaram o Oriental e venceram por 4-0, em jogo da 27.ª jornada do Campeonato Nacional, golos de Vítor Baptista (13 e 87), Diamantino Costa (14) e Barros (78).
Eusébio não marcou mas fez o passe para Vítor Baptista fazer o 4-0 final.
O Benfica alinhou assim: Bento; Artur, Humberto, Messias e Barros; Toni, Eusébio e Simões cap.; Moinhos, Vítor Baptista e Diamantino. A 13 minutos do fim, Móia substituiu Moinhos.
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Dois dias depois, o Benfica foi a Paris, ao Estádio Colombes, onde anos mais tarde seria filmado o filme ‘Fuga para a Vitória’, defrontar o FC Porto, num jogo particular.
Os encarnados venceram por 5-1 e alinharam assim: José Henrique; Bastos Lopes, Malta da Silva, Humberto e Barros; Toni, Eusébio e Simões; Moinhos, Artur Jorge e Diamantino.
O FC Porto, orientado por Monteiro da Costa entrou com o seguinte 11: Tibi; Nino, Teixeira, Vieira Nunes e Gabriel; Marco Aurélio, Simões e Peres; Laurindo, Gomes e Cubillas.
No Benfica jogaram ainda Vítor Baptista, Artur, Móia e Messias. No FC Porto entrariam Seninho, Flávio, Ronaldo e Rodolfo. Artur Jorge (10), Eusébio (17), Humberto Coelho (23 e 81) e Toni (34) marcaram para o Benfica e Fernando Gomes (60) para o FC Porto.
Era o último golo de Eusébio pelo Benfica, embora não oficial. Esse fora marcado oito dias antes, em Setúbal.
No treino seguinte, já na Luz, soube-se que Eusébio se lesionara. Assim, segundo A BOLA: «Já na parte final da sessão, Pavic, como de costume, apurava o remate dos avançados e foi num deles que Eusébio, ao chutar com o pé direito, sentiu uma dor muscular na coxa. Não é nada de grave, mas deve motivar numa inatividade de quinze dias.»
Era, afinal, soube-se mais tarde, uma rotura.
A 28 de abril de 1975, de novo através de A BOLA, Portugal ficava a saber que Eusébio iria jogar para os Estados Unidos. Para o Rhode Island Oceaneers.
Três dias depois, a 1 de maio, Eusébio falava assim a Santos Neves, jornalista de A BOLA: «As condições que me oferecem dos Estados Unidos da América são, de facto, muitíssimo boas, mas não os tão falados dois mil e quinhentos contos. O sim ou não de lá ser-nos-á dado amanhã, mas, com toda a franqueza estou absolutamente convencido de que há bastante mais hipóteses de a resposta ser positiva do que negativa. Tenho contrato com o Benfica até julho próximo, mas já falei com o director do departamento de futebol, Fernando Neves, e julgo que as coisas estão bem encaminhadas para que o Benfica prescinda dos meus serviços mal termine o campeonato. Resta vir o sim definitivo da América e, depois, a posição oficial da Direção do Benfica, mas, em princípio, o Benfica dispensar-me-á da Taça de Portugal e eu, dentro de quinze dias, já estarei na América. Se, entretanto, o Benfica, precisasse de mim para qualquer digressão no estrangeiro, eu interrompia o meu contrato na América, viria fazer essa digressão com o Benfica e voltaria, de seguida, à América. Ir ou não ir à América cumprir um contrato de 15 jogos, não tem nada a ver com esse novo contrato com o Benfica para a próxima temporada. Por mim, quero mesmo fazer novo contrato com o Benfica, quero estar, na próxima época, na Taça dos Campeões Europeus. Resta saber se o Benfica está ou não interessado em ter mais um ano o Eusébio nas suas fileiras.»
Uma semana depois soube-se que o destino de Eusébio não seria o Rhode Island Oceaneers, antes o Boston Minutemen. Foi. E não mais voltou a vestir a camisola do Benfica em jogos oficiais após esse dia histórico de 29 de março de 1975. Foi há 50 anos exatos.
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