Sporting A reação rápida do CA: leões querem critério uniforme
Rúben Amorim foi o único elemento do Sporting a reagir ao comunicado do Conselho de Arbitragem na sequência do erro dos videoárbitros Hugo Miguel e Rui Soares que validaram o primeiro golo do Sporting, apesar do fora de jogo de nove centímetros de Paulinho quando Ricardo Esgaio lhe endossou a bola.
Malgrado o silêncio ontem vigente em Alvalade sobre o assunto, embora assumindo que os videoárbitros erraram no lance aos três minutos, há a consciência de que existiram outro lapsos dos juízes da partida que acabaram por passar em branco e ter também influência no resultado, como por exemplo num lance de Zolotic sobre Edwards (38’) ou numa eventual falta sobre Gyokeres na génese da jogada que deu o empate ao Casa Pia (58’).
Os responsáveis leoninos louvam a iniciativa do Conselho de Arbitragem da FPF ao pronunciar-se tão rapidamente sobre o assunto, mas desejam equidade de tratamento em casos similares com outros clubes, sejam eles grandes ou não.
Ou seja, que o órgão liderado por José Fontelas Gomes seja tão célere e assertivo na comunicação e na tomada de decisões como foi após o Casa Pia-Sporting de sexta-feira.
Quem não gostou da atitude do Conselho de Arbitragem foi o presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luciano Gonçalves. «É perfeitamente evitável deixar em comunicado que a equipa VAR iria ficar suspensa por tempo indeterminado, pois quando se condena desta forma, também se deve defender assim quando injustamente são atacados [os árbitros] na sua honorabilidade e seriedade», escreveu na rede social Facebook, elogiando a atitude do treinador do Casa Pia, Filipe Martins, no final da partida, quando este não deu grande ênfase ao erro: «Obrigado pela compreensão do erro e, acima de tudo, pela palavra de confiança nos árbitros envolvidos. Foi um grande exemplo, mister.»
Por seu lado, o Casa Pia decidiu não avançar com um protesto ao jogo por considerar que o comunicado do Conselho de Arbitragem foi «perfeitamente claro» sobre a matéria.
Aliás, mesmo que avançasse, seria complicado que um eventual protesto tivesse provimento, pois tratou-se de um erro de facto que se deveu a uma má interpretação da lei e não um erro de técnico - quando, por exemplo, a bola entra diretamente na baliza sem tocar em ninguém após um livre indireto e o golo é validado -, aqueles que, por norma, são deferidos pelas autoridades competentes.