Liga A impossibilidade de haver um 11-0 no Dragão
Se partirmos do princípio de que as possibilidades de o FC Porto bater o V. Guimarães, no Dragão, por 11 ou mais golos de diferença rondarão, com muita boa vontade, cerca de 0,5 por cento, bastará ao Benfica, para se sagrar campeão nacional, pontuar frente ao Santa Clara.
Sobretudo se pensarmos que apenas por duas vezes, em 155 jogos de Liga entre portistas e vitorianos, os dragões chegaram aos dois dígitos de golos.
Aconteceu a 6 de fevereiro de 1944 e a 20 de dezembro de 1953: duplo 10-0. Porém, nem este resultado, a acontecer amanhã, obviamente por mais inverosímil e improvável que possa parecer (e parece, sem dúvida alguma), dará para os dragões chegarem ao título, em caso de empate do Benfica com o Santa Clara. Por outro lado, nos últimos 125 jogos entre as duas equipas, o resultado mais dilatado foram dois 5-0 (1990/1991 e 2007/2008).
Ou seja, aqueles 0,5 por cento de possibilidades de o FC Porto ganhar ao V. Guimarães por mais de uma dezena de golos, de que falámos no início deste texto, é, por si só, hiper-otimista para os dragões. Será, claramente, percentagem inferior. Pertíssimo dos zero.
Só a possibilidade de alguém pensar que o FC Porto pode bater o V. Guimarães por diferença daquele calibre é quase ofensiva para os jogadores e a equipa técnica vitoriana.
A derrota mais violenta do Vitória nas últimas cinco épocas foi um 1-5 na Luz. Além disso, os vimaranenses estão ainda na luta pelo 5.º lugar (têm dois pontos de avanço sobre o Arouca e, se os arouquenses vencerem em Portimão, fica a equipa liderada por Moreno obrigada a ganhar no Dragão para se manter na quinta posição).