Benfica-Estoril, 3-0 Amdouni foi o príncipe perfeito do reino de Kokçu: os destaques do Benfica
Avançado entrou para marcar dois golos e destruir quaisquer dúvidas. Médio pegou na equipa na segunda parte e não deixou o jogo arrefecer. Di María esteve em dois golos. E os defesas-centrais muito bem
Melhor em campo: Kokçu (8)
Não marcou ou assistiu mas pegou na equipa quando esta corria o risco de cair, na segunda parte. No primeiro tempo, sentiu-se confortável, especialmente, no meio-campo, de cabeça levantada, e com a bola, que entregou bem. Deu-se ao jogo. Mas fez mais que conduzir ataques. Recuperou bolas, cortou linhas de passe. E meteu muita energia e intensidade no jogo, contagiando companheiros. Notável o passe para Di María na origem do segundo golo (74') — uma espécie de arco do triunfo, tão longo quanto glorioso, quando já reinava em campo. Apontou um canto após o qual Pavlidis atirou ao poste, serviu Di María (52') e Aursnes (68') na área em dois lances perigosos. Aos 90+2' lançou-se em correria louca no contra-ataque. Quis sempre mais e mais.
Trubin (6) — Aos 2' teve de voar para travar um disparo forte e perigoso de João Carvalho fora da área. Aos 22' foi à segunda que travou um remate de Fabrício. Foram as intervenções mais difíceis.
Bah (6) — Andou num vaivém pelo corredor. Muito ofensivo, até aos 70', foi perdendo fôlego. Somou cruzamentos e anulou ataques do Estoril e combinou um par de vezes com Di María.
Tomás Araújo (7) — Arriscou no duelo com Fabrício, julgado como penálti, depois revertido pelo VAR. Confiou de mais na velocidade. Dela se valeu para, nas dobras a Bah, ganhar lances a Hélder Costa. Fez cortes pelo ar e pela relva, em antecipação ou impondo o físico. E lançou contra-ataques.
António Silva (7) — Substituiu Otamendi e esteve em muito bom nível, ao contrário do que aconteceu com o Aves SAD. Ganhou os duelos a Marqués e destacou-se com vários passes longos certos.
Carreras (7) — Um grande passe aos 27' a lançar Beste e uma boa recuperação de bola a travar contra-ataque perigoso do Estoril aos 31' resumem bem a importância que tem ofensiva e defensivamente. Soltinho e sempre pronto a atacar, não se esqueceu de defender.
Aursnes (6) — Tentou puxar pela equipa na primeira linha de pressão. Nem sempre acertou nos momentos certos para fazê-lo. E pareceu que a zona de ação era demasiado grande para o que podia oferecer. Mas com ele é tudo simples. Recupera e dá a bola depressa. Grande passe a lançar Akturkoglu num contra-ataque (37').
Di María (7) — Perde muitas bolas porque arrisca. E tem de ser perdoado porque, de um momento para outro, faz a diferença. Foi isso que mais uma vez aconteceu. Aos 29' encaminha de primeira para Pavlidis marcar depois de um mau corte de João Carvalho. E está no lance do segundo golo. Combinou com Amdouni, cruzou rasteiro para o desvio de Akturkoglu e a bola acabou nos pés do suíço, para este marcar. Ainda isolou Akturkoglu uma vez (63'). Aos 65' foi vê-lo a correr para trás e recuperar uma bola perdida por Bah. Sempre muito em jogo também tentou marcar. Mas a mira não estava afinada — dois remates por cima da barra, aos 15' e 52'. Saiu aos 90+2' sob aplausos dos mais de 60 mil espectadores.
Akturkoglu (6) — Desviou de cabeça num canto de Kokçu para Pavlidis atirar ao poste (17') e desviou o centro de Di María que acabou no golo de Amdouni (73'). Jogou atrás de Pavlidis e nem sempre definiu bem quando teve de passar ou rematar.
Beste (5) — Apontou o canto do golo de Amdouni. Pareceu sem alegria, apenas cumpridor. Mal a cruzar, quando teve boas oportunidades na primeira parte, e sem impacto ofensivo.
Pavlidis (6) — Voltou aos golos depois de jejum de cinco jogos. Não marcava, na Luz, desde 30 de outubro. Bom remate de pé direito, fora da área, a levar a bola a entrar rasteira junto do poste direito. Voltou a ser trapalhão e a perder boas oportunidades — incapaz de desviar após um canto de Kokçu (atirou ao poste) e péssimo remate quando estava sozinho na área aos 70'.
Amdouni (8) — Entrou aos 70' e aos 73' marcou, rematando forte na área, depois de mau corte de Pedro Álvaro. E bisou de cabeça após canto de Beste. Mais rápido e menos fixo que Pavlidis, recuou para combinar e fez algumas diagonais para abrir e procurar espaços.
Leandro Barreiro (6) — Entrou aos 70'. Chegou duas vezes à área para tentar finalizar. E foi na área que ganhou o canto do 3-0.
Rollheiser (5) — Entrou aos 83'. Perdeu duas vezes a bola e conduziu dois contra-ataques.
Kaboré (-) — Entrou aos 90+2'. Combinou com Schjelderup antes de fazer um bom passe a lançar Leandro Barreiro na área. Do canto marcou o Benfica o terceiro.
Schjelderup (-) — Entrou aos 90+2'. Participou, com Kaboré e Leandro Barreiro, num lance pela direita.