Ian Cathro desvaloriza os problemas 'extra-campo' que afetam os axadrezados; assume importância de vencer a partida, mas procura manter a serenidade
É com os olhos postos na primeira vitória da época que o Estoril viaja até ao Porto para defrontar o Boavista, que se tem visto envolto em dificuldades administrativas – enfrenta transfer bans impostas pela FIFA que o impedem de registar jogadores – que, no entender de Ian Cathro, técnico estorilista, em nada influenciarão o jogo nem retiram capacidade aos axadrezados. «O Boavista tem muitas armas ofensivas quando consegue acelerar o jogo», avisa o escocês.
«A nível de transição, eles conseguem criar perigo quase sempre. Então, eu não faço essa análise, olho para os jogos, não para o que anda à volta dos clubes e tudo isso. Para mim isso não tem importância nenhuma, eu olho para cada jogo e cada equipa e sabemos que vamos ter um jogo muito difícil», rematou Cathro, que abordou o início de campeonato mais tremido para o Estoril, com um ponto em três jornadas, mas recusou fazer um exercício de avaliar perdas.
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«Quando comecei a fazer planos de pré-época, o meu foco foi no primeiro treino e só depois de fazer o primeiro treino que comecei a pensar no segundo. Digo isto não para fugir da pergunta, porque a entendo e respeito, mas simplesmente não funciono nem sou assim. Não vou olhar para os próximos quatro ou cinco jogos e dizer quero X. Vou fazer as coisas que tenho de fazer hoje, que é termos feito um bom treino, depois almoçar, depois vamos no autocarro para cima… Não jogamos hoje, não consigo ganhar qualquer jogo hoje porque o jogo é só amanhã. Só amanhã vou pensar nisso», afirmou.
O britânico assegurou ainda que Wagner Pina, habitual titular na lateral direita, não perdeu a titularidade frente ao Gil Vicente pelo erro direto de marcação que ditou a derrota frente ao Vitória de Guimarães na 2.ª jornada da prova (1-0). «Está a falar do golo sofrido? Não, não, não», afastou de imediato o britânico, que deixou em aberto o regresso do cabo-verdiano, que reúne favoritismo para recuperar a titularidade na disputa com Pedro Carvalho, que assumiu o posto frente aos gilistas.