Só há água no VAR…
Nesta Primeira Liga do futebol nacional, em todas as jornadas, sem qualquer exagero, nunca falta sarilhada, e faltas graves no jogo deixadas passar em claro...
LAMENTÁVEL o que se está passar no mundo da arbitragem, dirigida por uma ‘sociedade de alguns amigos’, com a sabedoria que exala da APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol). Os resultados estão à vista e semeados todas as semanas.
Há a profissionalização que é algo de fachada, pois o futebol tem rendimentos para sustentar uma organização competente, equipa humana e tecnologicamente bem dotada para o aperfeiçoamento e licenciamento de novos árbitros profissionais. O futebol português deverá ter, pelo menos, 30 árbitros profissionais, que periodicamente deverão ser testados em jogos internacionais. Agora brincar ao profissionalismo resulta no que não queremos ver.
Para piorar a situação apareceu o VAR. Uma iniciativa internacional que só poderia servir a modalidade. No entanto, à portuguesa, fez-se um curso a 100 à hora entre os árbitros e não demorou a rebentar a borrasca.
Em todas as jornadas, sem qualquer exagero, nunca falta sarilhada nas linhas e num off-side constante na procura do centro das atenções, ou pior do que isso, deixar passar em claro faltas graves no jogo, certamente porque o árbitro VAR não viu, por ter de tratar do cigarro no cinzeiro ou falar com o seu parceiro - pois agora há o assistente de VAR, duplicando-se, assim, a negligência. Não queremos bulir com a honorabilidade de cada um dos árbitros, estejam eles no relvado ou no VAR, mas desconfiamos que no mundo da arbitragem há muito do deixa correr e não só nos relvados… Por mais que os chamados entendidos digam que não, o dinheiro da FPF chegará para dar verdade ao jogo e deixar para depois algumas iniciativas que só servem para engordar os egos.
Repare-se no que se gastou com a contratação da equipa técnica da Selecção Nacional e dos resultados que se viram, inebriados por aquele pontapé do Éder.
Não falta nada no futebol nacional com modelar organização para inglês ver. No futebol jovem damos cartas, é verdade, mas descobrimos valores para enriquecer os clubes estrangeiros, porque por cá ninguém pensa em refrear a migração duma legião africana e brasileira que vem trabalhar como profissional e na sua maioria o que ganham nem sequer lhes dá para pagar a sopa. Quando não tem de viver de esmolas.
Sentimos que a esta hora da leitura das tristezas que desfolhamos, muitos não estarão com as nossas palavras, talvez pela dureza das mesmas, mas amigo do futebol à boa maneira do dizer do povo ‘temos de pegar no dito pelos…’.
O que se está a passar no nosso futebol, sobretudo nos principais jogos e que interferem na verdade do campeão, são a prova do que aqui fica escrito.
Ponto final. Toda a gente que se atreve de apito na boca ou dedo no computador é gente séria. A culpa das falhas está no que não lhes ensinaram e tão pouco concederam estímulos para um constante aperfeiçoamento. E não é a Comissão de Árbitros que está mal, mas sim quem a colocou de pé e lhe dá vida.
O senhor secretário de Estado, homem do Norte, com estaleca de dirigente do futebol do Oliveira do Douro, se não nos enganamos, deve não só visitar os clubes como tem bem feito, mas sim a ‘casa das máquinas’ que faz girar o futebol e que não há semana que não gripe…