Ora bolas!

Se o sorteio tem ido ao terceiro ‘round’ era coisa para as águias passarem isentas

1. A cantora Adele pediu ao Spotify que retirasse a opção shuffle (ordem aleatória) no seu novo álbum. Há muito que Rúben Amorim tirou o modo shuffle no Sporting. Nada é aleatório, tudo obedece a uma lógica.
2. «Como ouvi no Canal 11, o nosso sucesso é feito no berro e no grito. Há 41 jogos [agora 42 sem perder na Liga] que berramos e gritamos.» Sérgio Conceição tem razão: não é um Tarzan, mas sim um excelente treinador.
3. Domingos Soares de Oliveira defende que até agora Jorge Jesus tem cumprido os objetivos. Um robô não diria melhor, mas é mais profundo: os adeptos estão cansados e não se reveem no estilo, discurso, liderança, personalidade e gestão de Jesus.
4. Tantas vezes herói ou, no mínimo, decisivo, Vlachodimos há muito justifica reconhecimento público do treinador. Só porque Jesus não gosta de elogiar os guarda-redes (deve achar que menoriza o trabalho da sua equipa e enaltece o do adversário...), não é justo que quando há sucessos eles sejam filhos de um Vlachodeus menor.
 5. O empresário César Boaventura colocou o Benfica em Tribunal por reclamar comissão de 10 por cento na transferência de Nuno Tavares para o Arsenal. Uma excelente notícia para o clube: é sinal que Rui Costa já começou a varrer a casa.
6. O primeiro sorteio dos oitavos de final da Liga dos Campeões teve um aspeto pior do que João Rendeiro no momento da detenção na África do Sul.
7. A repetição favoreceu de tal forma o Benfica que se o sorteio tem ido ao terceiro round era coisa para as águias passarem isentas. Já o Real Madrid terá soltado um sonoro «ora bolas!». Literalmente.
8. A dúvida no fim do segundo sorteio foi exatamente a mesma que nos assola no final de uma boa série na Netflix. Haverá nova temporada?
9. Jorge Jesus pode sempre meter no currículo que depois do Barcelona despachou o Real Madrid. Num ápice.