Eles já andam aí
Reforços que estão em casa; o cérebro e os ‘fabulous four’; Frederico e Bruno
E se parte dos reforços dos três grandes para a próxima temporada já estiver ao serviço dos respetivos clubes? Com o fim do campeonato e a certeza de um defeso cheio de futebol, fruto do Campeonato da Europa e da Copa América que se avizinham, o mercado de futebolistas, mesmo em tempo de pandemia, promete agitação e investimento. Mas a tentação por cromos novos, às vezes na ânsia de mudar só por mudar para iludir os adeptos, logo agora que há a garantia de dinheiro fresco em Alvalade e no Dragão com a entrada direta na Champions, desfecho ainda possível também na Luz, não deve fazer esquecer aqueles que já se encontram na coleção. A reta final da época revelou então subida de rendimento de alguns jogadores de Sporting, FC Porto e Benfica que sugere poderem impor-se na plenitude em breve. Daniel Bragança e Gonzalo Plata, nos leões, João Mário e Toni Martínez, nos dragões, Everton e Gonçalo Ramos, nas águias - três pares que nas mãos certas podem ser certezas e não bluff no póquer que se jogará em 2021/2022.
Se Rúben Amorim foi o cérebro do Sporting campeão, Adán, Coates, Palhinha e Pedro Gonçalves - justíssima a chamada, ontem, dos dois últimos à Seleção Nacional - foram a coluna vertebral em campo, os quatro jogadores mais decisivos do campeonato na minha opinião. Qual o peso de cada um deles na conquista 19 anos depois? O segredo do leão esteve sempre em excluir o fator individual da equação em prol de uma visão coletiva. Sem algum destes fabulous four, porém, os outros nunca teriam conseguido tocar a mesma música.
Pela primeira vez desde que é presidente do Sporting, Frederico Varandas, cuja obra está à vista tanto no futebol como nas modalidades, proferiu um discurso, na CML, que não estranharia se tivesse sido feito por Bruno de Carvalho. Uma constatação, apenas...