Decisão do FIFA Football Tribunal
Contrato de Guus Hiddink como selecionador das Maldivas deu que falar
OTribunal da FIFA proferiu recentemente a sua decisão relativa ao litígio que opunha o treinador Guus Hiddink à Federação de Futebol das Maldivas.
Em janeiro de 2021, Hiddink foi contratado como treinador principal da seleção nacional de futebol masculino das Maldivas, por um período de três anos. No entanto, com apenas três meses de exercício de funções, a Federação informou Hiddink que o futebol nas Maldivas seria interrompido indefinidamente devido à pandemia de Covid-19 e que não havia dinheiro suficiente para continuar a pagar-lhe e, em consequência, fez cessar o seu contrato de trabalho devido à pandemia de Covid-19, utilizando como justificação a existência de um caso de força maior.
O Tribunal da FIFA rejeitou a alegação de que as partes chegaram a um acordo em relação à cessação do contrato. Considerou também que as Diretrizes FIFA Covid-19 e o documento FIFA Covid FAQ no qual a FIFA deixou claro que não considerava a pandemia de Covid-19 como uma «situação de força maior em qualquer país ou território específico». Conforme é referido na decisão da FIFA, «a análise da existência de uma situação de força maior deve ser considerada caso a caso, tendo em conta todas as circunstâncias relevantes».
Por outro lado, entendeu o Tribunal que o contrato já foi celebrado em plena pandemia, pelo que não se poderia usar a mesma como argumento para fazer cessar o contrato.
A Federação foi, pois, condenada a pagar a Guus Hiddink o valor residual total do contrato acrescido de juros. Caso a Federação das Maldivas não pague no prazo de 45 dias a contar da notificação da decisão, incorrerá em novas sanções financeiras por parte da FIFA.