Benfica Novos estatutos permitem dirigentes remunerados

O vice-presidente do Benfica, Jaime Antunes, confirmou esta quarta-feira, em declarações ao canal do clube, que a proposta para os novos estatutos da instituição incluirá a possibilidade de os dirigentes eleitos passarem a ser remunerados, pondo fim, assim, a uma proibição histórica. Dentro de alguns meses, os sócios encarnados serão chamados a votar o projeto.

Para Jaime Antunes, a decisão de passar a permitir que sejam remunerados os dirigentes eleitos para os órgãos sociais do clube abre toda uma nova perspetiva para o futuro.

Jaime Antunes sublinha que a proibição verificada desde sempre limita a disponibilidade de cada sócio poder envolver-se a tempo inteiro na vida de um clube que exige hoje, mais do que nunca, uma intensa atividade dada a participação do clube – que os estatutos reforçarão como maioritária - nas diferentes empresas do Grupo Benfica.

Outro ponto a destacar no projeto dos novos estatutos refere-se à limitação do tempo de exercício consecutivo para os presidentes (e só os presidentes) dos diferentes órgãos sociais (direção, conselho fiscal e assembleia geral) que passa a estar limitado a três mandatos.

Por outro lado, no novo projeto, exige-se que um candidato ao cargo de presidente da direção do Benfica tenha no mínimo 35 anos de idade e 15 anos ininterruptos de sócio efetivo, ao contrário dos 25 agora impostos e dos 43 anos de idade.

No mesmo projeto, põe-se igualmente fim á existência de lugares de suplentes nos diferentes órgãos sociais do clube, passando todos os eleitos a serem efetivos.

O projeto vai agora ser disponibilizado aos sócios, que terão sensivelmente até final de outubro para apresentarem sugestões. Após avaliação da direção, cabe ao presidente da AG marcar sessão plenária para discussão e votação final.

Os novos estatutos do Benfica apenas entrarão em vigor no momento da convocatória para o próximo ato eleitoral no Benfica, que se espera em 2025.

«Não estamos a julgar em causa própria», explica Jaime Antunes.

«Estes novos estatutos não são para aplicar neste mandato. E o nosso presidente já disse várias vezes que não quer estatutos à sua imagem; quer estatutos para o futuro do Sport Lisboa e Benfica», concluiu o vice-presidente encarnado.