Di María, ausências, regressos e esperanças: o campeão regressa ao trabalho

Benfica Di María, ausências, regressos e esperanças: o campeão regressa ao trabalho

NACIONAL04.07.202322:12

38 dias depois do 38.º título e da festa no Marquês de Pombal, aí está o regresso ao trabalho. A oficina do campeão nacional abre na quarta-feira de manhã no Benfica Campus, no Seixal, e no Hospital da Luz, com os habituais exames médicos e físicos, um ritual habitual em cada início de época e um renovar de esperanças para todos os envolvidos, inclusive os adeptos, que aproveitam estes primeiros dias para sentir o pulsar da equipa e ver as caras novas. E duas se destacam: Kokçu e Di María.


O ex-jogador do Feyenoord por quem as águias pagaram €25 milhões pelo passe (mais €5 milhões em objetivos, jogador mais caro da história do futebol português) antecipou o regresso das férias e até se deslocou recentemente ao Marquês de Pombal para, simbolicamente, mostrar que é ali que quer ir no final da temporada com os novos colegas, sinal de que os encarnados revalidariam o título.


Quanto a Di María é um regresso às instalações que tão bem conhece (onde esteve de 2007 a 2010), horas depois de assinar um contrato válido por apenas uma época, mas uma época que o esquerdino e quem apostou nele desejam vencedora quer no plano nacional quer também na Liga dos Campeões, onde o Benfica chegou mais longe que o ex-clube de El Fideo, a Juventus, em 2022/2023.


Ausências
O arranque dos trabalhos deverá ser a meio gás no que respeita ao contingente. Muitos dos internacionais que estiveram ao serviço das respetivas seleções poderão chegar mais tarde, embora cada caso seja um caso e a regra pode não aplicar-se a todos.


Foram dez os jogadores que não foram imediatamente de férias devido à participação em estágios e jogos oficiais das equipas nacionais. O caso de Vlachodimos foi mesmo paradigmático para se perceber o quão apertado é o calendário: numa noite estava a defrontar, pela Grécia, a França de Mbappé, e no dia seguinte estava a… casar-se.


De todos, o mais sacrificado foi João Neves. O médio entrou em estágio na Seleção sub-21 no dia 1 de junho, quatro dias depois do encontro da Luz frente ao Santa Clara cuja vitória garantiu o 38.º título de campeão, e só acabou de competir no último domingo, com a derrota da equipa dirigida por Rui Jorge frente à Inglaterra, nos quartos de final do Europeu. O médio de 18 anos acabou a época a três dias de… começar a nova.


Regressos
Tal como João Neves, Tomás Araújo esteve no Europeu sub-21 (e ainda o guarda-redes Samuel Soares) e deve atrasar a integração nos trabalhos da temporada 2023/2024, mas o central que na época passada esteve cedido ao Gil Vicente é um dos regressos esperados, tal como João Victor, emprestado em janeiro ao Nantes depois de dois meses iniciais a curar uma lesão, o que o impossibilitou de lutar por um lugar na equipa e assim adiar o retorno do alto investimento - o Benfica pagou €9,426 milhões por 80 por cento do passe ao Corinthians há um ano, o segundo defesa mais caro da história do clube depois de Otamendi.


Esperanças
Tiago Gouveia também está de volta depois de uma época a rodar no Estoril e com esperanças em manter-se no plantel depois de ter renovado, anteontem, até 2028. «Quero dar o meu melhor e afirmar-me como jogador do Benfica», disse o médio/extremo de 22 anos. A concorrência é forte. Não apenas dos pesos pesados (João Mário, Aursnes, David Neres, Rafa) mas também de Schjelderup, que deveria estar no Europeu sub-19 pela Noruega, que decorre em Malta, mas Schmidt e a SAD não autorizaram (escudados por não ser data oficial FIFA), num sinal de que contam com ele para o imediato.