Automobilismo WEC: dois portugueses nas 6 Horas de Monza

Este fim de semana, regresso à competição no Mundial de Resistência (WEC), depois da edição dos 100 anos das 24 Horas de Le Mans, a 10 e 11 de junho, que terminaram com vitória surpreendente do Ferrari 499P inscrito pela equipa AF Corse. Domingo, às 11.30 horas de Portugal Continental, arranque das 6 Horas de Monza, ronda 5 de 2023. No Templo da Velocidade, 36 carros em ação, em três categorias: Hypercar (13), LMP2 (11) e LMGTE Am (12). Entre os 108 pilotos, dois portugueses: António Félix da Costa, no Porsche 963 da JOTA, e Guilherme de Oliveira, no Porsche 911 RSR-19 da Project 1-AO.

Na ‘abordagem’ à antepenúltima corrida da época 11 do WEC – a temporada decide-se com as 6 Horas de Fuji (10 de setembro) e as 8 Horas do Barém (4 de novembro) –, luta pelo título em aberto tanto na categoria Hypercar como na LMP2 (em LMGTE Am, Corvette Racing em vantagem, com três vitórias do C8.R em quatro corridas, incluindo em Le Mans, que vale mais pontos…).

Na primeira, Toyota GR010 Hybrid no topo da classificação, com Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Ryo Hirakawa, os campeões de 2022, a somarem mais 18 pontos que o Ferrari 499P de Antonio Giovinazzi, Alessandro Pier Guidi e James Calado, os vencedores de Le Mans. Os italianos, em Monza, apresentam-se com ‘handicap’, pois a primeira posição nas 24 Horas, devido ao regulamento da competição, vale-lhe mais peso (5 kg) e menos potência (12 kW).

Ainda entre os hipercarros, referência para a estreia do Porsche 963 da Proton Competition, que surge em Monza sem realizar quaisquer testes. António Félix da Costa apresenta-se ao volante de máquina igual, mas o português da JOTA já esteve em Spa e Le Mans, por isso ambicionando resultado melhor. «Toda a equipa tem trabalho muito no desenvolvimento do conhecimento do carro e do nível de ‘performance’. Queremos posicionar-nos entre os primeiros, mas temos de evitar erros e problemas para sermos bem-sucedidos, ao contrário do que aconteceu em Le Mans, onde acabámos por não materializar o nosso andamento no resultado», explicou o piloto, que tem o britânico Will Stevens e o chinês Ye Yifei como companheiros de equipa.

 
Em LMGTE Am, segunda participação no WEC de Guilherme Oliveira (estreia a 16 de abril, nas 6 Horas de Portimão), outra vez no Porsche 911 RSR-19 da alemã Project 1-AO, máquina que partilha com o italiano Matteo Cairoli e o dominicano Efrin Castro. «Tenho excelentes recordações de Monza, a pista em que ganhei pela primeira vez no ELMS, num LMP3, e estou mais adaptado tanto à equipa como ao carro», disse o piloto de 18 anos.

Filipe Albuquerque, ‘titular’ da United Autosports na categoria LMP2, falha Monza, por ter compromisso com a Acura no campeonato norte-americano de resistência (160 minutos em Bowmanville, no Canadá, ao volante do ARX-06 que compete na categoria GTP, o topo do IMSA). A corrida realiza-se este domingo, a partir das 17 horas em Portugal Continental. O português, em 2023, tem colecionado azares e é apenas quinto na classificação de pilotos, mas mantém-se na luta pelo título.