Miguel Oliveira: «Nunca pensei em trocar de moto»
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Miguel Oliveira: «Nunca pensei em trocar de moto»

MOTO GP08.09.202419:59

Piloto português da Trackhouse Racing não se assustou com os primeiros pingos de chuva, esperou para ver o que dava, reduziu a velocidade, equilibrou-se, e tirou partido da opção para subir do 18.º lugar em que largara para o 11.º e somar 5 pontos, mas mantém-se em 13.º do Mundial.

Tendo concluído o Grande Prémio de San Marino no 11.º lugar, depois de ter largado para a 13.ª prova das 20 que constituem o Mundial de velocidade na 18.ª posição, Miguel Oliveira (Aprilia), de 29 anos, revelou que «nunca pensei em trocar de mota» quando começara a cair os primeiros pingos de chuva durante a corrida.

Opção em que muitos apostaram e acabou por sair caro, já que acabou por nunca chover verdadeiramente e voltaram a ter de trocar de moto, o que permitiu ao português da americana Trackhouse Racing subir várias posições.

«Nunca pensei em trocar de mota durante a corrida. Quis esperar pelo menos mais uma ou duas voltas porque perde-se muito tempo a ir às boxes, especialmente porque neste circuito o pitlane [via das boxes] é muito longo», justificou Oliveira que viria a cortar a meta no Circuito Marco Simoncelli a 46,386s do espanhol Marc Márquez (Ducati), seguido dos italianos Francesco Bagnaia (Ducati), a 3,102 segundos, e de Enea Bastianini (Ducati), a 5,428.

Recorde-se que a corrida ficou praticamente decidida quando surgiu o ameaço de chuva e alguns pilotos, incluindo o líder do Mundial Jorge Martin (Ducati), decidiram ir às boxes trocar as motas de pneus de piso seco por motas com pneus de chuva.

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«Não tinha um bom pressentimento, especialmente por ter começado com um pneu médio na traseira, pois não podia atacar nem fazer ultrapassagens com estas condições da pista. Mas sabendo que a corrida era longa, os pneus iriam funcionar a determinada altura. Depois, começou a chover e isso complicou as coisas ainda mais. Era muito fácil cair, mas mantive-me em cima da mota, andei muito lento, o que tornou menos provável que caísse. Queria ter a certeza de que, se fizesse a troca, não me arrependeria», contou.

Um decisão que, curiosamente, acabou por o deixar isolado par corrida. «Fiquei numa espécie de ilha, entre dois grupos, com 10 segundos de vantagem para as motas que vinham atrás e cinco para as que estavam à frente. Por isso pensei em segurar a posição e tentar chegar ao final», concluiu.

Ao terminar em 11.º, resultado que já alcançara, em abril, no GP das Américas, na capital texana de Austin, Miguel Oliveira (65 pts) somou 5 pontos mas manteve o 13.º posto do campeonato que continua a ser comandado por Jorge Martín (312), apesar de ter chegado e, 15.º, seguido por Francesco Bagnaia (305), Marc Márquez (259), que voltou a vencer após o êxito no GP de Aragão na passada semana, e Enea Batianini (250).