Automobilismo Fórmula E em Portland com António Félix da Costa

AUTOMOBILISMO23.06.202322:49

O Mundial de Fórmula E entra na reta final da temporada de estreia da 3.ª geração dos monolugares elétricos que diferenciam esta categoria das demais no desporto automóvel, com a ronda 12 de campeonato que tem um número recorde de 16 corridas a realizar-se este fim de semana em Portland, no Oregon, nos Estados Unidos, num circuito convencional com 3,190 km e 12 curvas que (re)conhecemos de campeonatos norte-americanos, nomeadamente do IndyCar.

Portland vale 29 pontos, combinando a vitória no ePrix (25 pontos) com a ‘pole position’ (3) e a volta mais rápida na corrida (1). Ganhando-os, António Félix da Costa, piloto da Porsche, tem a oportunidade de relançar-se na luta por um título que já venceu na Época 6. E as cinco corridas por realizar até ao final da temporada garantem um máximo de 145 pontos. O português está em sexto no Mundial, com 78 pontos, menos 56 que o primeiro classificado, o companheiro Pascal Wehrlein. Este facto, mais a liderança dos alemães no campeonato de equipas, com 212 pontos, impõe, no entanto, uma mudança de abordagem…

«Não vale a pena negá-lo! Pessoalmente, encontro-me um bocadinho ‘algemado’. A prioridade, aqui e até ao final da época, é apoiar a equipa e o Pascal. Queremos ganhar os dois títulos! Sim, obviamente, tenho a ambição de somar muitos pontos e, podendo fazê-lo, ganhar corridas, mas estou cada vez mais focado na construção de uma base ótima para a próxima temporada, que não traz quaisquer novidades nos regulamentos, de modo a poder posicionar-me na luta pelo campeonato logo na primeira corrida, depois desta época de estreia e de aprendizagem com a Porsche», contou-nos António Félix da Costa.

Na ronda 12 do Mundial, em vez do circuito citadino habitual na Fórmula E, pista com características mais convencionais. Uma das consequências da transferência da etapa norte-americana do campeonato de Nova Iorque para a cidade no estado do Oregon. O ePrix na Portland International Raceway antecipa-se caótico e excitante, além de crítico ao nível da gestão da energia. António Félix da Costa concorda. «Nestes monolugares, precisamos de várias zonas de travagem para regenerarmos energia e, aqui, não existem. Por isso vamos ter de levantar o pé do acelerador muito cedo nas retas, o que criará uma espécie de ‘comboio’ de 22 carros, sobretudo na fase inicial da prova. Depois, a corrida será mais rápida», concluiu o português.

O ePrix com 28 voltas tem arranque marcado para a 01.04 horas de domingo em Portugal Continental (menos 8 horas no Oregon...), depois da sessão de qualificação às 20.40 horas de amanhã. Portland é a quarta cidade nos Estados Unidos no mapa da Fórmula E, sucedendo a Miami (Época 1), Long Beach (1 e 2) e Nova Iorque/Brooklyn (3 a 8) e a 30.ª no mundo a receber uma etapa do campeonato de monolugares elétricos, a 4.ª nova nesta temporada 9, depois de Hiderabade, Cidade do Cabo e São Paulo. Curiosamente, nestes circuitos, António Félix da Costa é o segundo piloto com mais pontos somados (52), atrás do francês Jean-Éric Vergne (54), destacando-se, nos resultados do português, a vitória na África do Sul.