Fórmula 1: pilotos dizem que carros atuais são difíceis de ultrapassar
Carlos Sainz, Max Verstappen e Sergio Pérez pedem inovações para os próximos tempos
Os atuais carros de Fórmula 1 com efeito solo estão a tornar-se tão difíceis de seguir próximos uns dos outros como os de 2020 e 2021, afirmam os pilotos.
Apesar de a corrida do recente Grande Prémio de Itália ter sido uma das mais competitivas e entusiasmantes da temporada, em que assistiu a muitas batalhas roda com roda e a um bom número de ultrapassagens, ainda que promovidas pela rapidez e as longas retas do circuito de Monza, começa a haver alguma preocupação sobre o rumo que as equipas estão a tomar no desenvolvimento dos carros.
A procura constante por melhorar o desempenho dos monolugares tem resultado no aumento do fluxo de saída do ar (para a retaguarda), que é prejudicial à capacidade dos carros de seguirem próximos uns aos outros e consequentemente às ultrapassagens.
Por esse motivo, alguns pilotos creem que o DRS deve ser uma aposta a reforçar nos futuros carros, se não se quiser correr o risco de as ultrapassagens começarem a tornar-se mais complicadas. «Em 99% das pistas, creio que precisaremos de DRS, e precisaremos de um DRS poderoso, porque estes carros estão a começar a assemelhar-se aos de 2021 e 2020, cada vez mais difíceis de acompanhar», afirmou o espanhol Carlos Sainz, da Ferrari.
O bicampeão mundial Max Verstappen, cujas ultrapassagens têm beneficiado este ano de o seu Red Bull ter um DRS especialmente eficaz, sublinha as persistentes dificuldades de os carros se manterem próximos nas curvas rápidas. «Acho que na maioria das pistas ainda temos dificuldade para seguir perto do carro à frente e de ultrapassar», disse o piloto neerlandês, que reforça: «Os carros estão a ficar cada vez mais eficientes, incluindo em reta, e têm mais downforce em curva, o que torna mais difícil as ultrapassagens.»
O companheiro de equipa de Verstappen, Sergio Perez, apoiou a visão de que a F1 precisava aumentar a eficácia do DRS em alguns locais para que as corridas permaneçamcompetitivas. «Definitivamente, menos DRS não é o caminho a seguir. Lembro que até há algum tempo debatíamos a proposta de aumentar o efeito deste dispositivo, porque os carros estão a ficar mais difíceis de seguir», disse o mexicano.