Vitória do Benfica chega tarde e de... patim

Triunfo dificílimo dos encarnados na Luz frente à Juventude de Viana, por 6-5, garantido no último minuto após um lance fortuito em que a bola se desvia para a baliza após ressaltar num patim de jogador adversário

Jogo de loucos na Luz, este que opôs um candidato ao título, a atuar perante os seus adeptos, e um candidato a… escapar à despromoção. Extremos que, como tantas vezes, se aproximaram, e o poderoso Benfica esbarrou em fortíssima oposição de uma menos apetrechada Juventude de Viana, que não foi de menos neste duelo, que perdeu em lance fortuito.   

Primeira parte de frenesim, com sete golos e alternância constante na liderança do resultado. A falha de um penálti, pelo especialista João Rodrigues, logo aos 2 minutos de jogo, pronunciou as dificuldades que a equipa encarnada enfrentaria.

Estas tiveram a primeira materialização com o golo dos vianeses aos 4m, por Guilherme Leitão, a mostrar ao internacional português do Benfica como se concretiza de bola parada, no caso de livre direto – a castigar falta de Nil Roca sancionada com cartão azul ao espanhol. A este duplo revés, seguiu-se, no minuto seguinte, o segundo golo da Juventude, um bis de Leitão.

A perder por 0-2, as águias ripostaram e não demoraram a reduzir a desvantagem, por Diogo Rafael (6m), empatando por João Rodrigues (12m) e colocando-se pela primeira vez em vantagem por Gonçalo Pinto (13m).

Quem pensou que poderia estar restabelecida a ordem das forças em compita e que por fim o ritmo frenético do duelo acalmaria, enganou-se. Bastaram dois minutos para a equipa de Viana do Castelo igualar por Nuno Silva (15’) e para Diogo Rafael voltar a adiantar o Benfica (4-3), fixando o resultado ao intervalo.

O descanso serviu para baixar os níveis de adrenalina do pavilhão, mas o reatamento voltou a dispará-los com mais emoção, golos e incerteza sobre o desfecho. E com espanto ainda maior, pelo desempenho do 11.º classificado do campeonato, apenas um acima da linha de água. Aos 4 minutos, Pedro Batista empatou e aos 8m fez a reviravolta no marcador (4-5), definitivamente causando dúvida e apreensão nas bancadas.

Atenuou-as Pau Bargalló, estrela que até então eclipsada, a repor a igualdade dois minutos volvidos, ainda a tempo de os encarnados resolverem este inesperado imbróglio. Todavia, ainda foi mais complicado do que o bastante que se previa.

 Todavia, ainda foi mais complicado do que o bastante que se previa. E só, a menos de dois minutos do final do jogo, uma bola que desvia a sua trajetória para a baliza, após ressaltar no patim do vianense João Araújo num cruzamento de Roberto di Benedetto, deu a vitória ao Benfica.