«Vejo as equipas que ficaram atrás de Portugal e percebo que isto é brutal»

ANDEBOL26.01.202517:23

Portugal confirmou o favoritismo frente ao Chile, vencendo por 48-26, o que valeu o 1.º lugar na Main Round, que permite evitar a Dinamarca nos quartos de final do Mundial.

Portugal confirmou o favoritismo frente ao Chile, vencendo por 46-28, o que valeu o 1.º lugar na Main Round, que permite evitar a Dinamarca nos quartos de final do Mundial. 

No final do encontro, o selecionador Paulo Jorge Pereira deixou elogios ao adversário, que era o mais frágil do grupo, mas que manteve o jogo equilibrado até aos primeiros minutos da 2.ª parte. 

«Sabíamos que o Chile ia lutar, pelo menos na 1.ª parte. Fizeram isso em todos os jogos. Recordo-me que no início da 2.ª parte estavam a dois golos de diferença. Para eles, estar na Main Round era histórica e foi fantástica a forma como lutaram. Nós também lutámos, houve momentos em que não conseguimos fechar aquela ligação com os pivôs, porque são muito fortes nesse aspeto. Na 2.ª parte conseguimos acertar e depois disso, conseguimos marcar em muitas transições ofensivas. Sabíamos que se conseguíssemos estar bem nas transições, seria mais ou menos fácil ganhar», começou por analisar. 

Com objetivo assegurado, o selecionador enaltece o percurso dos Heróis do Mar que ainda não perderam na competição, e deixaram para trás potências do andebol como a Noruega, Suécia e Espanha. 

«Estou muito contente porque fizemos seis jogos, apenas um empate. Quando olho para a classificação e vejo aquela gente toda atrás de nós percebo que aquilo que estamos aqui a fazer é brutal. Uma vez mais, tenho de dizer que estou muito orgulhoso do que estamos aqui a fazer». 

O técnico de 59 anos admite mesmo que no início da competição seria difícil de imaginar que Portugal poderia estar no topo de um grupo que se sabia ser muito forte. 

«Não acreditaria nisso, provavelmente. Mas sabia que íamos lutar pelos quartos de final e que isso seria perfeitamente possível. Foi o objetivo que colocámos. Mas acabar a Main Round em 1.º lugar seria algo difícil de acreditar, tendo em conta o grupo em que estávamos e aquele com quem íamos cruzar. Foi espetacular», resume. 

No jogo com o Chile, o selecionador aproveitou para dar mais tempo de jogo a atletas mais jovens, mas desvalorizou, defendendo que esse é o seu trabalho. 

«Integrar pouco a pouco jovens de muito potencial, é algo que fazemos já desde 2016. Eles não estranham porque antes passam por estágio, depois entram lentamente na competição e quase nem se dão conta. Se não conseguirmos fazer isso, só fazemos metade da nossa função. Os mais novos vão ser o futuro do andebol nacional. Eu já não estarei, com certeza, mas eles continuarão aí e eu estarei a aplaudir. Estou a fazer o que tem de ser feito para deixar a Seleção melhor do que quando cheguei», finalizou.