Tiago Rocha: «Já começo a pensar no final da carreira»

Tiago Rocha: «Já começo a pensar no final da carreira»

ANDEBOL11.11.202312:00

Andebolista de 38 anos admite que o cenário mais provável é terminar no estrangeiro

Com mais de 140 internacionalizações por Portugal, Tiago Rocha cumpre a terceira época consecutiva em França. Depois do Grand Nancy e do Cesson-Rennes, o pivô mudou-se para o Tremblay, líder da segunda divisão, só com vitórias.

Apesar de ter descido um escalão, o antigo capitão da Seleção portuguesa faz um balanço muito positivo do que tem sido a época.

«Temos oito vitórias em oito jogos no campeonato e eliminámos o AIX [da primeira divisão] da Taça. O objetivo é claramente subir à primeira divisão. Tenho jogado bastante, sem lesões, por isso só posso estar contente», revela em conversa com A BOLA.

O experiente jogador que em Portugal jogou no FC Porto e no Sporting elogia a qualidade do segundo escalão gaulês, que é 100 por cento profissional.

«Todas as equipas da segunda divisão francesa são profissionais e isso faz muita diferença em termos de competitividade e organização. Em Portugal, mesmo na primeira divisão, só temos três ou quatro e equipa profissionais. Isso faz diferença», defende, apesar de enaltecer a evolução que o andebol português tem vivido nos últimos anos.

Tiago Rocha joga ao serviço dos franceses do Tremblay

«Temos evoluído bastante, como se vê pelos resultados das equipas portuguesas nas competições europeias e também pelo que tem sido conseguido pela Seleção, com presenças consecutivas nas grandes competições. Este ano tivemos também o regresso do ABC à Europa e esperemos que estes sejam projetos de continuidade».

Profissional de andebol há duas décadas, Tiago Rocha admite que pode estar para breve o adeus.

«Já tenho 38 anos e começo a pensar no final da carreira, sim. Não sei se este ano, se no próximo… Depende de como me sentir fisicamente até ao final da época. Para já, levanto-me todos os dias e ainda gosto de ir treinar e competir, o que é importante para continuar. Mas mais para o fim da época começo a pensar melhor nisso», anuncia.

Certo na cabeça do jogador, que entre o período no FC Porto e no Sporting jogou três épocas nos polacos do Wisla Plock, parece estar a decisão de terminar longe de Portugal. 

«Um regresso não faz parte dos planos. A partir do momento em que tomei a decisão de vir jogar para França, foi para acabar no estrangeiro. Foi uma decisão muito ponderada, mas que me alegra. Tem sido fantástico».