Andebolista de 38 anos admite que o cenário mais provável é terminar no estrangeiro
Com mais de 140 internacionalizações por Portugal, Tiago Rocha cumpre a terceira época consecutiva em França. Depois do Grand Nancy e do Cesson-Rennes, o pivô mudou-se para o Tremblay, líder da segunda divisão, só com vitórias.
Apesar de ter descido um escalão, o antigo capitão da Seleção portuguesa faz um balanço muito positivo do que tem sido a época.
«Temos oito vitórias em oito jogos no campeonato e eliminámos o AIX [da primeira divisão] da Taça. O objetivo é claramente subir à primeira divisão. Tenho jogado bastante, sem lesões, por isso só posso estar contente», revela em conversa com A BOLA.
O experiente jogador que em Portugal jogou no FC Porto e no Sporting elogia a qualidade do segundo escalão gaulês, que é 100 por cento profissional.
Tiago Rocha viveu inúmeros FC Porto-Sporting, dos dois lados da barricada. Esteve na última vitória dos leões em casa do rival. Não consegue apontar favorito… mas sabe que vai ser bom
«Todas as equipas da segunda divisão francesa são profissionais e isso faz muita diferença em termos de competitividade e organização. Em Portugal, mesmo na primeira divisão, só temos três ou quatro e equipa profissionais. Isso faz diferença», defende, apesar de enaltecer a evolução que o andebol português tem vivido nos últimos anos.
«Temos evoluído bastante, como se vê pelos resultados das equipas portuguesas nas competições europeias e também pelo que tem sido conseguido pela Seleção, com presenças consecutivas nas grandes competições. Este ano tivemos também o regresso do ABC à Europa e esperemos que estes sejam projetos de continuidade».
Profissional de andebol há duas décadas, Tiago Rocha admite que pode estar para breve o adeus.
«Já tenho 38 anos e começo a pensar no final da carreira, sim. Não sei se este ano, se no próximo… Depende de como me sentir fisicamente até ao final da época. Para já, levanto-me todos os dias e ainda gosto de ir treinar e competir, o que é importante para continuar. Mas mais para o fim da época começo a pensar melhor nisso», anuncia.
Certo na cabeça do jogador, que entre o período no FC Porto e no Sporting jogou três épocas nos polacos do Wisla Plock, parece estar a decisão de terminar longe de Portugal.
«Um regresso não faz parte dos planos. A partir do momento em que tomei a decisão de vir jogar para França, foi para acabar no estrangeiro. Foi uma decisão muito ponderada, mas que me alegra. Tem sido fantástico».