15 janeiro 2025, 09:30
Martim Costa espera ser alvo «de mais atenção» no Mundial
Lateral esquerdo de Portugal faz o lançamento do Mundial de andebol
Portugal estreia-se no Mundial, frente aos EUA, e tem como objetivo chegar aos quartos de final, o que representaria o melhor resultado de sempre. Miguel Oliveira foi convocado de surpresa ontem
«Mesmo que seja impossível, vamos traçar sempre objetivos altos».
Portugal estreia-se nesta quarta-feira no Mundial, que decorre na Noruega, Dinamarca e Croácia, naquela que será a sexta presença consecutiva em grandes competições, entre Europeus e Mundiais, e com o foco numa qualificação inédita para os quartos de final.
Depois de ter sido 10.º em 2021 e 13.º no último Mundial, em 2023, Paulo Jorge Pereira quer assegurar o melhor resultado de sempre e conta com o grupo mais experiente de sempre, fruto do percurso recente de participações consecutivas nas fases finais, chegando por isso com um estatuto também distinto.
15 janeiro 2025, 09:30
Lateral esquerdo de Portugal faz o lançamento do Mundial de andebol
«Há vantagens e desvantagens nessa subida de estatuto. Sinceramente, preferimos evoluir na forma como os outros olham para nós. Se isso significar um estatuto mais elevado, que seja. Obriga-nos a ser mais responsáveis e competentes. É fruto de muito trabalho. Agora vamos ter de assumir esse estatuto de favorito, por vezes até contra equipas fortes. E estamos satisfeitos com isso», garante o selecionador, em conversa com A BOLA.
Ainda assim, o treinador de 59 anos deixa um alerta. «Este tem sido um processo longo e tem de ser contínuo. Não podemos parar. Se nos descuidarmos um bocadinho, depois quando dermos por ela já estamos outra vez com problemas. Por isso, temos de fazer com que o crescimento desta equipa continue», declara.
É com esse foco de crescimento que o selecionador aponta ao objetivo de chegar oito melhores classificados, lembrando que a margem de erro, sobretudo na 2.ª fase, é praticamente nula.
Calendário de Portugal
Portugal-EUA quarta-feira, 17h00
Portugal-Brasil sexta-feira, 17h00
Noruega-Portugal domingo, 19h30
«Fizemos 10.º lugar em 2021, depois fizemos 13.º no último Mundial. Mas foi aquela situação de um golo para cima, um golo para baixo. E pode acontecer. Nessas competições nós vemos equipas fortíssimas a serem afastadas da competição por um golo. No entanto, queremos ambicionar sempre um resultado teoricamente difícil. Isso foi sempre a característica deste grupo e vai continuar a ser assim. Sabemos que o cruzamento é dificílimo. Vamos ter de apanhar a Suécia, a Espanha e o Japão, mas é com isto que vamos ter de lidar. Será muito difícil, mas até podia ser impossível: é isso que queremos», reforça.
A comitiva lusa partiu na terça-feira para Oslo, onde inicia a fase de grupos já nesta quarta, diante dos EUA, e levou um reforço de última hora na bagagem: Miguel Oliveira, central/lateral de 21 anos do FC Porto foi chamado por Paulo Jorge Pereira de forma a «antecipar alguma eventualidade do ponto de vista físico». O capitão da seleção de sub-21 e duas vezes vice-campeão europeu de sub-20 não tem ainda qualquer internacionalização AA, e pode fazer a estreia no maior palco mundial, não sendo, contudo, expectável que integre a ficha de jogo com os EUA.
14 janeiro 2025, 12:41
Miguel Oliveira, do FC Porto, chamado por Paulo Jorge Pereira
«Acho que era ótimo recuperar essa energia que mostrámos em 2020, para sermos mesmo competitivos neste Mundial. Ficam boas memórias, de facto. Foi das competições em que nós mais desfrutámos e que melhor jogámos. Estávamos livres, tudo fluía. Vamos ver se agora conseguimos ir para esse registo outra vez», receita.
Sobre o adversário da estreia, teoricamente o mais acessível, o técnico lamenta a pouca informação disponível. «É preciso estar sempre alerta, independentemente do rival. O teórico não me diz muito, sobretudo quando não temos muita informação dos EUA. O último jogo que temos deles foi há cerca de meio ano. E essa falta de informação pode gerar alguma instabilidade. Eu não gosto do desconhecido. Os treinadores trabalham para antecipar alguns problemas, através dos elementos que têm. Aqui há pouca informação, mas jogamos com a que temos», resume, apontando aqueles que podem ser os pontos fortes dos norte-americanos.
«Tem jogadores interessantes. Não tem muitos jogadores para manter o nível, mas tem a primeira linha muito forte. E joga num modelo também mais ou menos evoluído. O treinador é sueco, com um modelo nórdico. E nós temos de jogar bem contra toda a gente. Teoricamente, temos de ganhar: é obrigatório», concluiu.