Neemias Queta: «Ganhar fora será mais difícil»

EXCLUSIVO A BOLA Neemias Queta: «Ganhar fora será mais difícil»

BASQUETEBOL11.06.202422:51

Português dos Celtics aborda o Jogo 3 das Finals da NBA, a visita dos Celtics de Boston aos Dallas Mavericks. Falta do que faltará para conquistar o título. E de sonhos realizados e ambições por alcançar...

Neemias Queta prepara-se para o Jogo 3 entre Dallas Mavericks e Boston Celtics dos Finals 2024, na madrugada de quinta-feira (01.30 horas) no American Airlines Center, e apesar de duas vitórias no TD Garden darem vantagem aos campeões de Este considera que a fase mais difícil começará precisamente com esta primeira deslocação ao recinto do adversário.  

«Quando mais perto se está da vitória final, mais fácil é pensar e preparar cada jogo que falta para lá chegar», começou por afirmar a A BOLA o poste português, de 23 anos, antes do treino de ontem, em Dallas. «De qualquer modo, temos de ter os pés bem assentes na terra, porque isto [a final] está muito longe de acabar e de estar decidida. Os Mavericks vão querer responder às derrotas, agora que jogam em casa, perante os seus fãs. São uma equipa que joga melhor no seu recinto, por isso estamos cientes de que esta partida vai ser mais difícil do que as anteriores», afirmou Neemias, destacando o que deverá ser melhorado no desempenho da equipa. «Há alguns aspetos a melhorar, mas cremos, jogadores e treinador, que são os ressaltos em que devemos aumentar a eficácia».

Para o Jogo 3, na formação de Boston, está em dúvida, por lesão, um dos jogadores mais influentes, o letão Kristapz Porzingis devido a nova lesão e diferente da que que o afastou dez partidas do play-off. Todavia, o base americano Jrue Holiday, o melhor elemento do Jogo 2, com 26 pontos e 11 ressaltos, está apto e não escapa ao elogio do companheiro de equipa português. «Jrue é um dos jogadores mais calmos e um dos que, por isso, traz mais confiança à equipa. Nunca o vemos descontrolado… talvez por ter tanta qualidade», refere Neemias, que revela mais sobre o relacionamento com o talentoso jogador de 33 anos. «É excelente como jogador e como pessoa. Posso pedir-lhe conselhos sobre diversos assuntos, falamos abertamente sobre tudo, mas muito sobre basquetebol. Por exemplo, sobre o que ele é capaz de fazer dentro de campo».  

Neemias, que afirmou ter sabido da recente conquista do título nacional pelo Benfica, equipa em que jogou nas camadas de formação e seniores até partir para o Estados Unidos - «acompanhei os jogos da final através de resumos, mas ainda não falei com ninguém do clube» -, está satisfeito com o sucesso do compatriota e antigo companheiro nos Utah State Aggies, Diogo Brito, cuja equipa espanhola em atua, Leida Basket, assegurou a subida à ACB (primeira divisão). «Já tinha falado com ele antes dos play-off. Disse que estava numa fase importante da temporada, que a equipa podia ser promovida. Pelos vistos, foi. A partir daí fiquei bastante interessado. Era um dos seus objetivos», contou Neemias, recordando ainda os tempos foram colegas de equipa nos Aggies, em que partilharam ambições. «Estamos a viver o sonho que tínhamos, de jogarmos a nível profissional, e na Seleção. Estamos muito felizes por termos alcançado esse objetivo, mas não estamos satisfeitos».