Mundial: Final entre tricampeões
África do Sul ganhou o último Mundial, no Japão, em 2019 (IMAGO)

Mundial: Final entre tricampeões

RÂGUEBI28.10.202309:02

África do Sul ou Nova Zelândia, uma destas seleções vai erguer, nesta noite de sábado (a partir das 20 horas, Stade de France, Paris), a Taça Webb Ellis

África do Sul e Nova Zelândia defrontam-se nesta noite deste sábado (20 horas), no Stade de France (lotação de 80,023 espetadores), Paris, na final da 11.ª edição do Campeonato do Mundo. Ambas as nações já vencerem por três vezes o mundial e dividem, entre si, as últimas quatro edições. De 2007 a 2019.

Trajeto da Nova Zelândia

Nova Zelândia–França, 13-27
Nova Zelândia–Namíbia, 71-3
Nova Zelândia–Itália, 96-17
Nova Zelândia–Uruguai, 73-0
Nova Zelândia–Irlanda, 28-24
Nova Zelândia–Argentina, 44-6

Trajeto da África do Sul

África do Sul, 18 – Escócia, 18-3
África do Sul, 76 – Roménia, 76-0
África do Sul, 8 – Irlanda, 8-13
África do Sul, 49 – Tonga, 49-18
África do Sul, 29 – França, 29-28
África do Sul, 16 – Inglaterra, 16-15

Os sul-africanos, campeões em título (2019, no Japão), triunfaram em 2007 (França) e em 1995 (África do Sul), no primeiro mundial da era profissional e o primeiro evento em que participaram. Em 1987, ano de estreia, e 1991 não entraram devido às sanções impostas devido ao regime político de Apartheid vigente na altura.

Já a seleção neozelandesa foi coroada campeã mundial em 1987, na competição que coorganizou com a Austrália, em 2011 (em casa) e 2015 (em Inglaterra). Os All Blacks são, até à data, os únicos a renovarem o título no Mundial seguinte, algo  que pode ser igualado pelos Springboks.

Do duelo de titãs na capital gaulesa entre África do Sul, atual número 1 do ranking mundial, e Nova Zelândia, n.º 2 da hierarquia da World Rugby, sairá a primeira nação a erguer pela quarta ocasião a Taça Webb Wellis, um recorde histórico a acontecer na celebração dos 200 anos do nascimento da modalidade, na cidade inglesa de Rugby.

As duas nações, uma das maiores, se não mesmo a maior, rivalidade do râguebi internacional, disputam na final o encontro número 106 em 102 anos de confrontos. A vantagem mora na grande ilha da Oceânia. A Nova Zelândia inscreve no seu lado da contabilidade 62 vitórias contra 39 da África do Sul, sendo que ainda há a registar quatro empates.

Este ano, os dois monstros do Hemisfério Sul já se defrontarem em dois jogos. Uma vitória para cada lado. A Nova Zelândia venceu (35-20) no Mount Smart Stadium, Auckland, e a África do Sul saiu vitoriosa em Twickenham (37-7), Londres.

Os neozelandeses estão na quinta final da sua história, sendo que perderam apenas uma, com a África do Sul (15-12), em 1995. Já os sul-africanos detêm uma eficácia de 100 por cento. Três finais, três vitórias, a última das quais diante a Inglaterra (32-22), no Japão, 2019.

Curiosidades

Os 14 campeões do mundo de 2019

Mbongeni Mbonambi, Frans Malherbe, Eben Etzebeth, Siya Kolisi, Pieter-Steph du Toit, Duane Vermeulen, Faf de Klerk, Handré Pollard, Damian de Allende e Cheslin Kolbe fizeram parte do XV inicial que venceu a final de 2019, frente à Inglaterra (32-22) e voltam a estar em campo quatro anos depois em novo jogo do título. Steven Kitshoff e Franco Mostert, suplentes em 2019, passam a titulares em 2023. Willie Le Roux, escolhido por Rassie Erasmus (hoje diretor) para o XV inicial há 4 anos, senta-se agora em Paris, no banco. RG Snyman está outra vez pronto a ser chamado.

Internacionalizações

O XV da África do Sul tem 987 internacionalizações. Só três somam menos de 50. O trio de trás composto por Kolbe (30 caps), Kurt-Lee Arendse (14) e Damian Willemse (38). A Nova Zelândia tem menos 6 internacionalizações no XV inicial (981) e três centuriões no campo: Aaron Smith (124), Beauden Barret (122) e Samuel Whitelock (152)

Recorde de Lomu para bater

30 jogos internacionais, 31 ensaios, oito durante o mundial França 2023 e um hat-trick na meia-final contra a Argentina, abrem as alas a um recorde mundial. Se Will Jordan, ponta All Black, tocar com a bola uma só vez na área da felicidade bate o recorde do torneio (oito ensaios) estabelecido pela lenda Jonah Lomu, em 1999, e posteriormente igualado por Bryan Habana, em 2007, e Julian Savea, em 2015.

Árbitro mais internacional

Wayne Barnes (Inglaterra), 44 anos, arbitra a primeira final da carreira. Tem 111 jogos, 27 dos quais em mundiais. Karl Dickson e Matthew Carley são os assistentes, Tom Foley é o TMO.